fbpx
Pular para o conteúdo
  • Home
  • NORD Research
  • Finanças: Alta das varejistas, Não Olhe Para Cima e Tesouro Previdência em 2022

Finanças: Alta das varejistas, Não Olhe Para Cima e Tesouro Previdência em 2022

Image

Nord Insider

Olá,

Nesta terça-feira, 28, os mercados internacionais operam em alta apesar de preocupações com a variante ômicron do coronavírus.

Na agenda econômica, destaque para a divulgação dos números da Pesquisa Nacional de Domicílios, Pnad, referente ao trimestre móvel encerrado em outubro. O levantamento feito pelo IBGE é considerado o indicador oficial de ocupação do Brasil.

Último Boletim Focus do ano e expectativa de crescimento para 2022

O mercado financeiro voltou a ajustar para baixo a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2022 de +0,50 por cento para +0,42 por cento. Os números são do Boletim Focus do Banco Central (BC) divulgado na segunda-feira, 27.

Para o PIB de 2021, as expectativas caíram de +4,58 por cento para +4,51 por cento, enquanto para 2023 e 2024, as projeções permanecem em +1,8 por cento e +2,0 por cento, respectivamente.

Já para a taxa básica de juros, a Selic, a previsão para 2022 manteve-se em +11,50 por cento e +8,0 por cento em 2023. O Copom sinalizou que, em sua próxima reunião em fevereiro de 2022, deverá subir novamente a Selic em mais 1,5 ponto percentual.

Enquanto isso, as previsões para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) permaneceram em +5,03 por cento para 2022 (meta de +3,50 por cento) e para o ano de 2023 passaram de +3,40 por cento para +3,38 por cento (meta de +3,25 por cento). Para 2024, a previsão é de +3 por cento — exatamente a meta perseguida pelo BC para o ano.

O analista de renda fixa, Christopher Galvão, ressalta que esse Focus reflete um cenário que já não é novidade para os investidores, ou seja, atividade fraca, especialmente para 2022, e expectativas ainda acima da meta nos próximos dois anos.

O que mais é importante saber?

Debênture de 2 bilhões de reais do Magalu

Em entrevista para o Nord Cast, o gestor do Alaska, Henrique Bredda, explicou que uma das razões que justificam as quedas nas ações do Magalu (-77 por cento nos últimos seis meses) é o fato de muitos investidores terem comprado os papéis sem entender sobre o negócio — e muito provavelmente sem estudar o valuation da empresa.

Na esperança de aproveitar uma possível continuidade nas altas que já perduravam desde o final de 2015, muitos acabaram não relacionando o preço que estavam pagando com o real valor da companhia. Na euforia, compraram as ações próximo ao topo histórico e, quando veio o pânico, tentaram realizar o menor prejuízo possível.

Mas, estamos dizendo que o Magalu não tem valor ou algo do tipo?

Não, muito pelo contrário. O analista de ações Victor Bueno diz que quem acompanhou o relatório do Nord 10X sobre a empresa não somente sabe exatamente o que pensamos sobre ela, como também conhece os motivos pelos quais não acreditamos ser um bom momento para comprar suas ações agora (assim como não era há alguns meses). Se você ainda não leu, não perca tempo e confira aqui o relatório.

E o que justifica essa alta ontem, 27, de + 9,35 por cento? São os mesmos investidores que não sabiam que estavam comprando MGLU3 por um preço alto em julho e, agora, acreditam que as ações encontraram finalmente um “fundo”?

O nosso analista acredita que não. Além de ser muito difícil (para não falar impossível) determinar o limite de queda de uma ação, o Magalu divulgou ao mercado a aprovação de emissão de bilhões de reais em debêntures, o que pode contribuir ainda mais para as suas perspectivas de continuar entregando crescimento no longo prazo e consequentemente impactando positivamente os papéis da companhia.

A empresa possui boa posição de caixa atualmente, ainda mais após follow on realizado em julho, quando levantou mais de 4 bilhões de reais. Com o incremento dos recursos que serão captados agora, é de se esperar uma postura ainda mais agressiva para buscar novas aquisições e continuar aprimorando os negócios que compõem o seu já completo ecossistema.

Mesmo não podendo afirmar quais são os exatos motivos para as movimentações das ações no curto prazo, ainda mais quando concorrentes diretos apresentam comportamento semelhante (VIIA3 avançou + 8,00 por cento ontem), Victor acredita que as novas informações apresentadas pelo Magalu deixaram os investidores animados com relação ao seu potencial futuro e podem ter contribuído para a forte alta de ontem.

O que mais impulsionou a alta das varejistas?

As varejistas foram o destaque do Ibovespa em sessão de alta de +0,63 por cento na segunda-feira, 27, com Magazine Luiza (MGLU3) avançando +9,35 por cento, Via (VIIA3) subindo +8 por cento, Americanas (AMER3) com alta de +3,8 por cento e Lojas Americanas (LAME4) valorizando +3,95 por cento.

O analista de ações, André Zonaro, apontou que um dos motivos que impulsionaram o avanço das varejistas foram os dados positivos de vendas do varejo durante o Natal. A Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) divulgou que as vendas nos centros de compras aumentaram +10 por cento no Natal de 2021 em comparação com igual período do ano anterior — o mercado esperava uma situação pior e veio levemente melhor.

Outro motivo pode estar relacionado ao otimismo de que a variante ômicron do coronavírus cause apenas sintomas leves, apesar da elevação do número de casos. O nosso analista cita que o varejo foi um dos setores mais afetados pela crise devido a medidas de lockdown.

Por fim, o Zonaro entende que as varejistas brasileiras foram influenciadas também pela revisão para baixo da variação do Índice de Preços para o Consumidor Amplo (IPCA) trazida no Boletim Focus (mencionado acima). Preços mais baixos tendem a estimular um pouco mais o consumo.

Postado originalmente por: Nord Research