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Finanças: A maior oportunidade em 12 anos (Parte 2)

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Todos os momentos como este têm algo em comum

“Como vocês têm coragem em falar em investimento na Bolsa neste momento? As Ações estão derretendo e todo mundo está em pânico…”

Se você não estiver pensando exatamente isso enquanto passa os olhos por estas linhas, no mínimo há de conseguir imaginar quantas vezes fomos questionados assim nos últimos dias.

Sim, os preços das Ações tiveram queda livre. Sim, há muita gente em pânico — e não me refiro somente a investidores preocupados, mas a grande parte da população brasileira face aos desdobramentos cotidianos da epidemia de COVID-19.

E sim, muita gente subestimou o vírus — faço parte deste grupo. Olhando retrospectivamente, parecia tão óbvio…

Mas ao fazer esse exercício de reexaminar o passado, algo mais desponta:

“Como vocês têm coragem em falar em investimento na Bolsa neste momento? As Ações estão derretendo e todo mundo está em pânico…”

Essa frase não é um hit somente agora. Variações dela foram ouvidas em todas — absolutamente todas as crises anteriores.

Todas situações para as quais olhamos, hoje, e nos lamentamos: por que não compramos mais?

Mas dessa vez é diferente, Ricardo!

Pois é: esse é outro hit que sempre surge.

Pragmaticamente: a não ser que você esteja convicto de que o COVID-19 vá varrer a humanidade do planeta — situação na qual, sinceramente, não sei por que está perdendo tempo lendo este e-mail ao invés de se dedicar a atividades mais prazerosas… —, a situação atual é mais uma crise para a coleção.

Em meio às inescapáveis diferenças de causa, intensidade e duração, o que todas as mais graves crises já enfrentadas têm em comum?

Primeiro: todas passaram.

Segundo: enquanto ocorriam, todas eram vistas como um poço sem fundo.

Terceiro: retrospectivamente, todas se mostraram excelentes oportunidades de investimento.

Mas tenha em mente: o curto prazo não será fácil. Sua paciência será testada. Além disso: nem você, nem eu, nem praticamente ninguém acertará o fundo do poço. Por fim: quando todos os problemas estiverem resolvidos, os preços não mais estarão nos patamares de hoje.

Se tudo o que temos para tomar uma decisão é o hoje, então tomemos a melhor decisão possível hoje.

Conforme já iniciado na quarta-feira, quando o Bruce elencou suas 3 ações preferidas para o momento, estou dando continuidade.

Não sei se as minhas escolhas vão cair ainda mais. Não sei se serão as que mais vão subir no pós-crise.

O que sei é que existe uma assimetria enorme entre o VALOR dessas companhias e o PREÇO atual.

E o que eu posso afirmar com certeza é que essas distorções costumam ser corrigidas.

Está é a minha lista:

Vale (VALE3)

Se algo se aprendeu com as crises anteriores é que, sem entrar no mérito da sustentabilidade disto, virá por aí um caminhão de estímulos econômicos. Não será diferente desta vez.

E na China, que foi o epicentro do COVID-19, o pior parece já ter ficado para trás.

A mineradora não teve rupturas significativas em suas operações. As questões referentes a Brumadinho — que pairaram sobre a Vale ao longo de todo o ano de 2019 — estão endereçadas e financeiramente equacionadas. O caixa está cheio. O preço do minério de ferro não colapsou em meio à pior fase do maior comprador. O custo de produção da Companhia figura entre os menores do mundo. As Ações negociam a ridículas 3 vezes EBITDA.

Compre VALE3.

Itaúsa (ITSA4)

O Itaú é o maior e mais rentável banco brasileiro. É, ao mesmo tempo, amplamente reconhecido pelo conservadorismo na concessão de crédito e na constituição de provisões. Enfrentou todas as crises anteriores magistralmente.

Teremos impactos na economia real? Sim, como tivemos em todas anteriores — pelas quais a instituição passou muito bem, obrigado.

Com a derrocada das Ações, a holding Itaúsa negocia a 7 vezes lucros e 1,3 vez patrimônio. Nesses níveis, é uma aposta segura.

Compre ITSA4.

Via Varejo (VVAR3)

Agora vamos ao risco.

Os próximos meses serão difíceis para o comércio no Brasil. Como parte dos esforços de contenção da epidemia, lojas ficarão fechadas por algum tempo. Consequentemente, nomes ligados ao setor foram fortemente penalizados pelo mercado.

Via Varejo vive uma ampla reestruturação, iniciada no ano passado quando da saída de seu antigo acionista controlador. Embalada pelo otimismo com a nova gestão, a Ação foi uma das estrelas da Bolsa em 2019.

Em meio às apreensões por conta do COVID-19, VVAR3 está de volta ao mesmo patamar de antes do início de seu turnaround. Contribuíram para a derrocada, ainda, preocupações com sua situação financeira ante a perspectiva de cortinas abaixadas.

Monitoraremos o caso com atenção. Nossa avaliação, por ora, é de que há suficiente margem de manobra para lidar com as adversidades do curto prazo.

Em condições normais de temperatura e pressão — que, com os eventos que se avizinham, não devem se apresentar em 2020 —, o valuation está na casa de 4 vezes EBITDA.

A crise passará. E, com ela, passará também a oportunidade.

Compre VVAR3.

Invista para longo prazo e use apenas recursos que não serão necessários no próximos meses ou anos.

Cuide de sua família e não se desespere. A crise vai passar.

Postado originalmente por: Nord Research