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Finanças: A hora certa de entrar

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Ontem, o Ibovespa fechou em alta de 1,57 por cento a 117.325 mil, interrompendo uma sequência de 6 quedas consecutivas.


Alívio e Frustração  

Ontem, o Ibovespa fechou em alta de 1,57 por cento a 117.325 mil, interrompendo uma sequência de 6 quedas consecutivas.

Se para alguns a recuperação trouxe alívio, para quem estava esperando a bolsa cair mais para comprar, com certeza o movimento causou frustração.

No dia a dia aqui na Nord, acabamos recebendo muitos feedbacks de leitores e assinantes, o que de certo modo permite-nos medir o sentimento da nossa audiência.

Apesar de serem centenas de milhares de pessoas, com perfis e experiências como investidor bastante distintos, é possível identificar comportamentos parecidos.

Certamente, o que mais aparece durante um bull market é o FOMO (Fear Of Missing Out  medo de perder a festa).

Tem muita gente que não estava tão alocado em bolsa quanto gostaria ou simplesmente nunca havia investido.

Basta lembrar que no final de 2018, o mercado de ações brasileiro somava 813 mil CPFs inscritos. Hoje, esse número supera os 1,6 milhão.

Se por um lado o forte crescimento nos causa alegria, por outro, saber que metade dos CPFs de hoje são investidores com menos de um ano de experiência nos faz redobrar a atenção.

Mas vamos voltar ao FOMO: depois do rally do ano passado e um comecinho de ano com pinta de que ia decolar, você ficou com sentimento de estar perdendo a festa.

Mas já rolaram notícias de uma terceira Guerra Mundial, um possível risco de não sair o acordo entre EUA e China, tweets do Trump e, mesmo assim, nada da bolsa corrigir.

O que fazer diante disso?

Playing Like God

Nós já falamos disso há algum tempo, mas nunca é demais repetir.

80 mil já foi a máxima histórica em um dia. Os investidores naquela altura também se sentiam desconfortáveis de comprar a bolsa nesse nível.

Aos 90, 100 e 110 mil pontos também.

Isso sempre vai acontecer.

Agora, imagine que você tenha adquirido poderes divinos e que pudesse investir nos momentos ideais.

Sempre nas quedas da bolsa.

https://giphy.com/gifs/morgan-freeman-OV606AIcx31za

Qual seria o resultado a longo prazo?

Investindo nas quedas

O estudo abaixo foi feito pelo nosso analista, Luiz Felippo, e mostra qual teria sido o resultado de poupar 100 reais por mês, esperando que a bolsa atinja a sua menor pontuação.

Uma vez identificado um desses pontos, você aplica todo o seu dinheiro poupado no "ponto ótimo" e seu caixa vai para zero.

*Gráfico ajustado pela inflação. Fonte Economática

Os pontos vermelhos são os melhores pontos de compra do Ibovespa nos últimos 39 anos. As faixas verdes representam o comportamento do seu caixa, zerando sempre que chega em um ponto vermelho.

468 aportes de 100 reais teriam se transformado em mais de meio milhão de reais.

Olhando assim parece ser a melhor a estratégia para se ganhar dinheiro investindo na bolsa.

O único problema é que se não temos o tal do poder divino, então de nada serve tentar pensar nela.

Mas será que se ao invés de tentar prever curto prazo, se ele tivesse investido 100 reais todos os meses, ele teria ficado muito longe disso?

Fonte: Economática *ajustado pela inflação.

Eu acredito que você já se convenceu que não existe essa coisa de hora certa para entrar, mas vou deixar que você tome as próprias conclusões.

Foco no que realmente importa

Eu percebo que quem gasta muito tempo olhando para o Ibovespa em pontos, tentando adivinhar o momento ideal de entrada, esquece que o ambiente da bolsa oferece centenas ações de empresas, negociando com desconto em relação ao índice e aos seu pares.

Basta pensar que, hoje, o Ibov negocia por volta de 15 vezes o seu lucro.

Nessa composição você encontra empresas negociando a 100 vezes e outras a 7 vezes.

Se você montar uma carteira com 10 ou 15 empresas que negociam por volta de 10 vezes os lucros, então você está comprando a bolsa com 33 de desconto.

Para facilitar a conta: seria o mesmo que comprar a bolsa a 77 mil pontos.

É claro, se fosse tão simples assim, bastaria você usar um desses sites de análise quantitativa de empresas, ordená-las de baixo para cima e as comprasse sem nem saber o que fazem.

Mas tão ou mais importante do que comprar barato, é preciso comprar ações de boas empresas.

Muita coisa subiu sem qualquer motivo e, por isso, este momento exige seletividade acima de tudo.

Felizmente, quando leio os relatórios da equipe do Bruce no Investidor de Valor e Antitrader, e do Ricardo no Nord Dividendos, Small Caps e Deep Value, percebo que ainda é possível encontrar boas alternativas, muitas delas esquecidas pelos grandes investidores.

É aí que eu acho que a pessoa física tem que grande vantagem, investir em empresas que estão fora do radar da maior parte do mercado.

Mas lembre-se: o seu caixa é importante para te manter vivo durante os períodos turbulentos.

Só ele evita que você tenha que vender posições em queda livre para fazer frente às despesas recorrentes.

Mais importante do que investir em bolsa com visão de longo prazo é não te tirar do jogo!

Um abraço,

Em observância ao Artigo 22 da Instrução CVM nº 598/2018, a Nord Research esclarece que oferece produtos contendo recomendações de investimento pautadas por diferentes estratégias e/ou elaborados por diferentes Analistas. Dessa forma, é possível que um mesmo valor mobiliário encontre recomendações distintas em diferentes produtos por nós oferecidos. As indicações do presente Relatório de Análise, portanto, devem ser sempre consideradas no contexto da estratégia que o norteia.

Postado originalmente por: Nord Research