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Eliminar o atual campeão é um padrão dos finalistas da Libertadores

O atual campeão da Libertadores sempre é o time mais visado do torneio.

Quando um clube conquista um título, o sonho é emendar uma sequência e manter o cinturão. Feitos já conquistados por equipes como Peñarol, Santos, Independiente, Estudiantes, Boca Juniors e São Paulo.

Mesmo quando isso não ocorre, o atual campeão sempre deixa uma marca pertinente. Em 61% das vezes, quem elimina o dono da taça chega até a final.

Números

Criada em 1960 junto com a Champions League, a Taça Libertadores da América sempre sofre mudanças de estrutura em seu formato. A primeira edição, por exemplo, contava com sete equipes, todas elas campeãs nacionais em seus respectivos países.

Com o tempo, o número de vagas foi subindo. De 1960 até 1987, o atual campeão da Libertadores entrava já na semi-final da edição seguinte. Essa regra foi extinta em 1988.

Dessa forma, obrigatoriamente ao menos um finalista havia eliminado o campeão do ano anterior. Sendo assim, analisemos somente os dados que podem ser contabilizados: as últimas 30 edições da competição.

De lá pra cá, os clubes que eliminaram o campeão vigente chegaram à final do torneio em 61% das vezes. Ou seja, em 18 das 30 edições.

Isso ocorreu nas Libertadores:

 90 (Olimpia eliminou o Atlético Nacional),

91 (Colo Colo eliminou o Olimpia),

94 (Velez eliminou o São Paulo),

96 (América de Cali eliminou o Grêmio),

98 (Vasco eliminou o Cruzeiro),

99 (Palmeiras eliminou o Vasco),

2000 (Boca eliminou o Palmeiras),

2002 (Olimpia eliminou o Boca),

2004 (Once Caldas eliminou o Olimpia),

2006 (Internacional eliminou o São Paulo),

2008 (Fluminense eliminou o Boca Juniors),

2010 (Internacional eliminou o Estudiantes),

2011 (Peñarol eliminou o Internacional),

2012 (Corínthians eliminou o Santos),

2016 (Independiente Del Valle eliminou o River Plate),

2018 (River Plate eliminou o Grêmio)

Na somatória entram as Libertadores 93 (São Paulo) e 2001 (Boca) quando o atual campeão mostrou sua força e se sagrou bi vencedor consecutivamente.

Números Maiores

Os números são ainda mais surpreendentes quando os dados são filtrados. Em 75% das vezes, esses clubes que chegaram à final eliminando o atual campeão acabaram conquistando a taça. Isso ocorreu em 12 das 16 vezes.

Os anos que fogem à regra são 1996 (Atlético Nacional), 2008 (Fluminense), 2011 (Peñarol) e 2016 (Independiente Del Valle).

Explicações

Vários fatores indicam a força desses números. O componente emocional através do espírito de confiança não pode ser ignorado. Bater no atual dono da taça coloca o clube em evidência.

Cruzeiro

Cair num chaveamento pesado pode ser a motivação que o Cruzeiro precisa. Se for avançando, o clube poderá enfrentar o trio de argentinos que o eliminou nas Libertadores recentes: River Plate, San Lorenzo e Boca Juniors.

Para um clube que tem sua grandeza internacional em combate contra gigantes sul-americanos, a Libertadores 2019 pode ser mais uma página em branco a ser preenchida e imortalizada.

Hugo Oliveira Pegoraro Serelo, 32 anos, é pesquisador esportivo, repórter policial, radialista, e apresentador de TV. Nasceu em Andradas-MG e mora em Divinópolis-MG. Torce pro Rio Branco de Andradas e tem uma leve simpatia pelo Cruzeiro Esporte Clube.