Quando falamos de saúde mental, inicialmente vem à cabeça psicólogos, psiquiatras, terapia, medicamentos e consultas. No entanto, não só esses temas são tratados durante o tratamento. É muito comum utilizarmos válvulas de escape para distrair e abstrair das confusões do dia a dia. Esses mecanismos são considerados também formas de liberarmos energia, descansarmos o nosso corpo e a nossa mente.
A música é comumente usada como válvula de escape, como mencionei nesse post. Eu mesma aprendi a utilizar a música como ferramenta. Aprender a tocar um novo instrumento, aprimorando minhas habilidades com o violão e/ou colocando uma música bem alta para abafar as vozes da minha cabeça. Mas essa não é a única forma. Existem muitas pessoas que utilizam exercícios físicos para aliviar o estresse. Seja através da dança, de musculação, de caminhadas ou de lutas. O ponto em comum desses meios é justamente a liberação da serotonina, que traz essa sensação de alívio e bem-estar. Isso pode influenciar, inclusive, na qualidade do sono!
Outra prática que pode auxiliar – muito – no tratamento é o estímulo da criatividade. Se expressar por meio de pinturas, fotografias e textos ajuda a lidar com as emoções e tornar real aquilo que passa na nossa cabeça. Muitas pessoas acham mais fácil de se abrir por esses meios do que conversando diretamente sobre saúde mental com alguém e isso é muito válido. Por muito tempo eu tive essa mesma dificuldade. Comecei a contar para as pessoas sobre a minha ansiedade compartilhando textos e fotos de outras pessoas, até criar coragem para escrever os meus.
Um costume que eu desenvolvi durante a pandemia e que hoje me faz um bem danado é me dedicar às minhas plantas. Ter que esperar elas crescerem me fez aprender que cada coisa tem seu tempo e não adianta eu querer “passar o carro na frente dos bois”, porque a flor tem seu próprio tempo para poder abrir. Essa expectativa me faz acordar todos os dias correndo pra ver se elas cresceram mais um pouquinho, se o botão já abriu, se a semente começou a desenvolver. E no dia que a flor abre… ah, como é gratificante esse sentimento de missão cumprida, de cuidar bem de algo a ponto de florescer (literalmente)!
Cada um pode adaptar a sua rotina da melhor forma. O importante é ter uma (ou mais) válvula de escape para aliviar um pouco do cansaço, do estresse do dia a dia e esvaziar pelo menos um pouco a cabeça, que pode encher demais até transbordar
