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Música como ferramenta no tratamento

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Às vezes não conseguimos expressar muito bem o que se passa em nossas cabeças e acabamos recorrendo a outros meios. Um dos principais meios de expressão é justamente a música. É muito comum relacionarmos uma canção a um determinado período ou situação pela qual passamos, seja ela positiva ou negativa. A verdade é que isso também acontece com os artistas durante o processo de escrita, gravação e produção dos seus trabalhos.

Existem artistas que abordam o tema saúde mental em suas redes sociais e entrevistas. Shawn Mendes, Demi Lovato, Chester Bennington, Ashley Tisdale, Ariana Grande, Lady Gaga, Billie Eilish e Luisa Sonza são artistas que frequentemente tocam no assunto. Alguns deles, inclusive, abordam o tema em suas músicas como In My Blood, Anyone, Crawling e breathin. Demi Lovato, em algumas turnês pelos Estados Unidos, forneceu uma equipe de psicólogos e profissionais de saúde mental para seus fãs poderem conversar e serem acolhidos antes do show. Ashley Tisdale lançou um álbum inteiramente dedicado aos diferentes sintomas que aparecem quando lidamos com ansiedade, depressão e pânico, chamado Symptoms.

Me lembro de quando o Spotify elaborou uma playlist chamada 188, que é o número de contato para emergências sobre saúde mental do CVV (Centro de Valorização da Vida). A playlist continha músicas que traziam esperança, positividade e ajuda, mostrando que nunca estamos sozinhos. Infelizmente essa playlist não está mais disponível, mas existem algumas outras em várias plataformas que abordam o assunto com a mesma visão. Eu, por exemplo, montei a minha própria playlist 188, com as músicas que me fazem sentir melhor ou que melhor descrevem os pensamentos pesados que passam em minha cabeça. No ano passado, eu ouvi tantas vezes que as músicas se tornaram as mais ouvidas da minha retrospectiva.

Por mais que seja um assunto às vezes difícil de falar, as músicas entram no nosso cotidiano para facilitar, para mostrar que não somos os únicos que sofremos desses transtornos e que eles não escolhem cor, gênero, idade, nacionalidade, classe social ou área de atuação. Às vezes a música pode ser um caminho para introduzir o assunto na família, no círculo de amigos e na sua própria mente.