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Lembranças para o pós-quarentena

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Durante a pandemia vivemos experiências de ficção científica. Se voltássemos no tempo e contássemos para nós mesmos, há pouco mais de um ano, nunca acreditaríamos ser possível. Por outro lado, dentre altos e baixos, não podemos dizer que foi de todo ruim: algum aprendizado, costume ou pensamento nós levaremos conosco até o fim (e depois) desse período conturbado.

Na quarentena os atendimentos psicológicos foram flexibilizados e foram possibilitados fazer sessões de psicoterapia de forma online. Assim, por meio de chamadas de vídeo (que é, inclusive, o método que eu e minha psicóloga adotamos e tem dado muito certo), contribuiu para o aumento de pacientes que procuraram esse recurso. Algumas pessoas adotaram novas práticas saudáveis como a meditação, a realização de exercícios físicos e incorporaram novos hábitos à rotina. Afinal, em outras épocas nunca seriam adotadas. Muitos foram os relatos de como as novas práticas se mostraram fundamentais para o autoconhecimento, o reequilíbrio mental e físico e a melhora na qualidade de vida.

De fato, não somos os mesmos que, há quase um ano, se preparavam para essa mudança de rotina, ainda que sem saber o que estava por vir. Hoje, damos muito mais valor ao tempo que passamos juntos com os nossos familiares e entes queridos. Nos apegamos às lembranças e memórias dos que já se foram trazendo à nossa saúde mental estabilidade emocional, o que é muito importante. Aprendemos a ter mais empatia e tolerância, aprendemos a entender que não podemos controlar tudo e estamos sempre sujeitos a surpresas. Percebemos que determinados tipos de serviços têm muito mais importância do que dávamos anteriormente. Ninguém consegue ser produtivo 24h por dia todos os dias. Ainda mais que a ansiedade, depressão, estresse e insegurança estão mais próximos de nós do que imaginávamos.

Foi necessário que o mundo vivesse uma crise para nos fazer parar, respirar e repensar nossos hábitos. Foi necessário o mundo parar para reavaliarmos nossos princípios, cuidarmos de nós mesmos e do próximo. A partir de então foi necessário analisarmos nosso papel na sociedade e darmos um novo significado ao tempo daqui para a frente. Com toda a certeza, não iremos esperar uma nova crise para acordarmos novamente e readequar tudo mais uma vez.