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Como a saúde mental é retratada em filmes

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Saúde mental é um tema que também é abordado em filmes. A maneira de mencionar o assunto de forma delicada e sem provocar gatilhos em quem está assistindo deve ser muito bem estudada e avaliada, antes de torná-los públicos. Além disso, a repercussão do filme pode trazer a discussão sobre o tema de forma positiva, expondo algumas situações, pensamentos e vivências de quem sofre de transtornos mentais e alertando sobre os comportamentos que levam à procura por ajuda externa de um profissional. Também passamos a conhecer novos transtornos quando determinado personagem é diagnosticado, por exemplo.

Uma mente brilhante (2002) é um filme sobre a vida de um matemático, John Nash, que foi diagnosticado com esquizofrenia. Como na análise de Eduardo Alcantara, no filme John apresentava alucinações visuais, o que é menos comum que as alucinações auditivas e os delírios característicos dessa síndrome. Ainda conforme Eduardo em outra análise, Ilha do Medo (2010) também mostra o personagem principal, interpretado por Leonardo DiCaprio, sofrendo da mesma síndrome, além do Transtorno de Estresse Pós-Traumático, desenvolvido após o período que o personagem viveu na guerra.

Talvez o mais famoso dos filmes que fala sobre saúde mental seja Coringa (2019). O personagem principal, um dos maiores vilões das histórias em quadrinhos, desenvolve um quadro depressivo e procura ajuda, mas o atendimento é suspenso pelo governo e o vilão fica sem remédios. Isso dá início à uma série de crimes cometidos por ele. No entanto, o filme é o que é: um filme, uma ficção, uma coisa fora da realidade. Pessoas diagnosticadas com depressão não se tornam assassinas e não têm tendência à violência. Uma análise aprofundada do caso foi feita pela Redação Secad.

Um caso específico que me marcou profundamente foi o de um livro, que teve sua adaptação cinematográfica chamada Por Lugares Incríveis (2020). Eu não sabia da história e acabei lendo numa época muito difícil, de maior angústia. Para quem não conhece, o livro trata sobre luto, terapia e pensamentos suicidas. Passei noites em claro, assustada, com medo e, às vezes, chorando. Com o filme, foi a mesma coisa. Saber da história não diminuiu o peso dos acontecimentos. Por isso, eu sempre pesquiso antes sobre o que o filme/livro/série retrata e vejo comentários de quem já assistiu. É uma forma de evitar gatilhos.

Fragmentado (2016) é um filme que retrata o transtorno dissociativo de identidade ou de múltiplas personalidades. E30u nunca soube desse transtorno até assistir o filme. O personagem principal convive com 23 personalidades diferentes em sua mente, cada uma com uma idade, um comportamento e um jeito específico que foi muito bem retratado por James McAvoy. Na análise de Elaine Castanheira, isso é uma estratégia da mente para lidar, por exemplo, com um trauma vivido na infância.

Esses filmes trazem para nós alguns transtornos que não conhecíamos, mas é muito importante separar o que é ficção do que é realidade. Pesquisar sobre os temas em sites confiáveis, com fontes de médicos e psicólogos é sempre o mais indicado, além de procurar informações diretamente com esses profissionais!