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Apresentação sobre saúde mental

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Nós não somos definidos por nossas doenças mentais, é o que repito para eu mesma todos os dias desde o primeiro diagnóstico que recebi há alguns anos em relação à minha saúde mental, de depressão e ansiedade. Desde então, tem sido uma luta diária para superar cada uma das dificuldades que acompanham o tratamento. Existem altos e baixos, recaídas, adaptação aos medicamentos, sessões de terapia, dias maravilhosos e dias muito difíceis. Ao longo dos anos, fui descobrindo o que atuava como gatilho para alguma crise, o que ajudava a me acalmar e com quem eu poderia contar nos momentos críticos.

Há muito tempo eu tenho contato com o assunto “saúde mental” por causa das pessoas que eu admiro – em sua maioria, cantores – que trataram publicamente sobre depressão, bipolaridade, ansiedade e transtornos emocionais. No entanto, só comecei a refletir sobre quando percebi que minha rotina estava sendo levada a um caminho muito tortuoso: noites sem dormir, crises de choro infinitas, falta de ar e coração disparado, falta de vontade de fazer qualquer coisa – comer, estudar, sair de casa, levantar da cama – e uma sensação de que nada estava bom ou fazia sentido. Foi quando decidi procurar ajuda profissional, consultei com um médico psiquiatra, fui acolhida, ouvida e iniciei um tratamento que se estende até hoje.

A partir de hoje, pretendo compartilhar um pouquinho do que vivi nessa época, do que enfrento até hoje e de perspectivas para esse novo ano de 2021, em um período que nossas vidas foram transformadas significativamente devido à pandemia e precisamos repensar sobre nossas relações interpessoais e, mais frequentemente, nossa relação com nossa mente. Que esses textos sirvam de incentivo para quem precise procurar ajuda, para quem tem um amigo ou familiar que sofra com doenças mentais, para quem tem interesse sobre o assunto. Por mais que a nossa cabeça insista que estamos sozinhos, nós não estamos. Existem redes de apoio disponíveis para atendimento àqueles que se encontram em sofrimento mental, sendo algumas delas o Centro de Valorização da Vida (CVV), que atendem por telefone (188), chat online e estão disponíveis 24h, e o Projeto Você Importa, do qual orgulhosamente sou madrinha, que está em várias redes sociais, dá suporte a quem procura e elabora várias ações de proteção de portadores de transtornos mentais e prevenção ao suicídio.

Lembre-se sempre: você não está sozinho, você é único, especial e existem muitas coisas pelas quais vale a pena lutar. Procure ajuda, converse com alguém em quem confie e compartilhe o que se passa em sua cabeça. Está tudo bem não estar sempre bem!