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A importância de saber ouvir e ajudar

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É certo que muitas pessoas têm dificuldades em expor sua visão em relação à saúde mental. Quando elas finalmente conseguem se expressar, a resposta nem sempre é positiva. Eu mesma já ouvi: “mas existe tanta gente pior que você”, “você tem tudo na vida”, “você tá precisando arrumar o que fazer” e outras frases semelhantes. Tem hora que a gente nem quer uma resposta. Só queremos aliviar um pouco do que tem causado sofrimento e agonia.

Para mudar a mentalidade e as “respostas prontas”, é preciso entender que cada pessoa está passando por uma situação diferente. Cada sofrimento deve ser considerado em sua própria maneira, independente de como os outros estão vivendo. É justamente por esse motivo que os conselhos genéricos não ajudam. Esses conselhos podem, ainda, afastar quem precisa de ajuda. Porque a pessoa entende que você não é alguém em que ela possa confiar ou contar quando for necessário. A melhor maneira de conversar é mostrar que você está ali para ouvir. Que a pessoa não está sozinha e perguntar como você pode ajudar. Caso a pessoa não se sinta confortável para responder, pressionar não é o caminho, porque isso também pode afastá-la. Em certas ocasiões mostrar que está ali para conversar é suficiente para acalmar o coração. Às vezes, torna-se necessário pedir ajuda externa, de um profissional.

Alguns pontos são importantíssimos para identificar a necessidade de um apoio externo. Conversar sobre terapia e perguntar se a pessoa conhece os tipos de tratamento é um início. Se ela já pensou em procurar um psicólogo ou um médico podem ser suficientes para os casos em que isso nunca havia sido considerado. Porém, quando a pessoa está muito cabisbaixa, sem esperança, com o olhar fundo e triste, falando sobre morte, sobre ser um peso para a família e sobre não estar aguentando mais, é essencial buscar ajuda o mais rápido possível. Seja em hospitais, postos de saúde, com profissionais da mente ou pelo CVV. Além disso, não se deve deixar essa pessoa sozinha ou sem um contato.

Através de conversas que conseguimos mudar a mentalidade das pessoas e acolher melhor quem precisa de ajuda. Quem sabe já não começamos hoje, por algum amigo, parente ou conhecido que está passando por um período difícil ou tem se mostrado mais triste que o comum?