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Sr. Carlos é um homem de sorte, pelo menos para os outros. Vendeu os principais prêmios de loteria em Divinópolis

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Carlinhos, tradicional vendedor de loterias em Divinópolis fazia as visitas de sempre. Com uma clientela feita e sabendo, inclusive, qual era a preferência numérica de cada um deles (quais os bichos) levava a cartela completa dos bilhetes da Loteria Federal, a grande loteria que existia no Brasil naquela época, início dos anos 80. Passou, então, em um freguês que tinha na Rua Rio de Janeiro, pouco acima da Primeiro de Junho. Era um restaurante, do qual ele era dono. Mas o empresário atuava também no ramo de banda musical, futebol e outras ações comerciais.

Carlinhos parece não ter encontrado o amigo em um dia dos melhores. Ao entrar, já foi recebido com o mesmo dizendo que naquela semana não queria saber de loteria. Bravo, provavelmente como alguma coisa do estabelecimento, foi logo alertando o vendedor de loteria que não se desse ao trabalho nem de mostrar os bilhetes, que ainda insistiu e disse que deixaria lá os bilhetes e mais tarde voltaria para receber. “Não” foi a resposta categórica.

Como a sexta-feira já estava próxima do fim e aquela edição de final de ano da Federal corria no sábado, para não ficar com o bilhete, decidiu visitar outro tradicional freguês, o Batista, da Savage Jeans. No local, descobriu que o empresário estava para a Barragem e só retornaria na segunda. Mas como era de costume, deixou os bilhetes lá, na confiança, pois sabia que na segunda, independentemente do resultado, era só passar e receber. O funcionário, então, guardou os bilhetes no cofre.

Veio o sábado. A Federal de fim de ano equivalia ao que é hoje a Mega da Virada, o maior prêmio de loteria paga anualmente no Brasil. À noite, no sorteio, o bilhete deixado para o Batista era o do primeiro prêmio, algo atualmente na casa de aproximadamente R$ 100 milhões. No domingo já estavam em Divinópolis equipes da Rede Globo e da Rede Manchete, à procura do ganhador. Carlinhos deu entrevista, mas não revelou o nome do portador dos bilhetes.

Só na segunda, depois de avisar ao Batista que ele era o ganhador, é que o dono do bilhete premiado foi anunciado. Segundo pessoas próximas, o prêmio foi fundamental para que o empresário tivesse o fôlego necessário ao impulso comercial e construísse o JB Pálace Hotel, referencia hoteleira em Divinópolis.

Quando ao que não quis ficar com o bilhete. Bem isso é assunto para outra publicação.