O Cruzeiro não engrena na Série B. Entra rodada, sai rodada, e o time se mantém numa questão paradoxal: é regular na irregularidade. Empata um jogo, perde outro, ganha um. E assim vai: perdendo mais pontos do que ganhando. Consequência? G-4 cada vez mais distante. Agora, a sete pontos.
O Cruzeiro não engrena nem série de empates, derrotas ou vitórias. Não conseguiu achar uma formação ideal, até agora. Testou com três zagueiros, mais meias no meio campo. Contra o Guarani, agora, voltou a atuar com uma linha de quatro, mas com um desenho diferente no meio.
Não deu certo no Mineirão. O time acabou não encaixando a marcação e deu muito espaço para o Guarani triangular, chutar a gol e invadir a grande área. Tanto que o Bugre fez gols tendo muita liberdade junto à marcação. No terceiro, por exemplo, Régis teve uma longa avenida para tabelar no meio da defesa celeste e fazer um golaço.
Falta equilíbrio. O time mostrou superioridade e força de reação na primeira etapa para virar o jogo, mas não conseguiu se estabilizar, tendo o domínio da partida. Levou o empate ainda na primeira etapa. Passou à frente no segundo tempo, mas, novamente, deixou o Guarani crescer e empatar.
A irregularidade está até nos números do Cruzeiro na Série B. O time tem o melhor ataque da competição, com 13 gols marcados. Mas é, ao mesmo tempo, a pior defesa: levou 16 gols.
Foi o segundo empate no campeonato. O time tem também duas vitórias e quatro derrotas. Vai ficando distante do G-4 e próximo, muito próximo, da zona do rebaixamento. Está a um ponto dela.
Reflexo também do extracampo? Difícil mensurar. Mas o certo é que os problemas fora das quatro linhas, com os recorrentes atrasos de salário, mudanças constantes no elenco e agora, o impedimento de registrar atletas, são fatores que só atrapalham. É preciso arrumar a casa dentro e fora de campo.
Por Gabriel Duarte – GE
