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Blog do Leo Lasmar – Série B e ainda risco de série C… 2021 haverá planejamento no Cruzeiro?

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Três treinadores, 23 contratações, ausência de uma base de time e forma de jogo, campanha pífia como mandante, salários atrasados, falta de qualidade no elenco… não faltam elementos para compor a explicação do porquê o Cruzeiro não irá voltar à Série A em 2021. O fracasso no acesso – garantido, pelo menos nos discursos de dirigentes – reafirma a falta de planejamento durante todo o ano de 2020 e também demarca feridas internas no clube.

A análise sobre o momento do Cruzeiro não pode deixar de elencar a parte diretiva e política do clube. Um clube que até o momento não puniu internamente dirigentes, nem conselheiros associados, que contribuíram diretamente para agravar a crise financeira e também com o rebaixamento em 2019.

Um clube que mudou de direção no meio da temporada, que passou por duas eleições de presidente e que foi mudando de rumo ao longo de 2020, sem saber realmente para onde ir. Afundado em dívidas, trabalha para diminuir seus problemas financeiros, mas eles estão longe, mas muito longe de acabar.

Mesmo diante das dificuldades, foi um clube que zelou pouco pelas finanças quando pensou na formatação do elenco. Três treinadores, duas multas contratuais a serem pagas, e 23 contratações durante o ano. Metade deles nem está mais no grupo utilizado por Luiz Felipe Scolari.

Felipão, que pegou o barco quase afundando na Série B, reequilibrou o Cruzeiro, mas voltou a ter a campanha balançada nas últimas rodadas. Nos últimos três jogos, o time ainda precisa conquistar um ponto para escapar matematicamente do rebaixamento e pode terminar, esta rodada, a seis pontos do Z-4 em um momento de declínio.

A derrota para o Juventude fez Felipão expor veementemente a falta de qualidade do grupo. Citou que há atletas com dificuldade para entender o que é passado pela comissão técnica. E que o Cruzeiro precisa considerar a permanência na Série B como uma “grande vitória”. Convenhamos: é muito pouco para a grandeza do clube.

Apontou que, com esse elenco, não é possível obter o acesso. Um Felipão que expôs a inconformidade com o que tem em mãos e que não tem certeza se será atendido no que objetiva no clube. Por isso, apesar dos discursos oficiais, há desconfiança sobre sua continuidade.

O treinador já tinha também demonstrado, nas entrelinhas, o incômodo com a questão dos salários atrasados. A folha salarial dos atletas não é quitada desde a segunda quinzena de outubro. O primeiro a abandonar o barco foi o volante Jadsom Silva, que pediu a rescisão de contrato na Justiça do Trabalho.

Os que estão no clube também estão insatisfeitos com a situação. Uma das vozes do grupo é a do goleiro Fábio. Depois da derrota para o Juventude, não evitou falar que houve falta de planejamento em 2020 e que é preciso montar uma equipe forte.

– Ao longo da competição, todos sabem o que aconteceu, várias situações de Fifa, isso com certeza é difícil para uma temporada tão importante para conseguir o acesso. Agora, é conseguir pontuação, para não ficar preocupado e poder fazer o planejamento para uma temporada forte e conseguir o acesso no ano do centenário – disse ele.

Enquanto isso, o torcedor está insatisfeito. Sem saber, como disse Rafael Sobis, na última quarta, de 90% do que acontece no Cruzeiro. Esse percentual majoritário é preciso ser mostrado, é preciso ter transparência com quem sempre é reivindicado nas horas difíceis. De quem, nos discursos, é considerada a parte mais importante. Mas os 10% de conhecimento – ou um percentual até menor – já mostram que a Raposa precisa de mudanças.