fbpx
Pular para o conteúdo

Blog do Leo Lasmar – Sem brilho, mas eficaz. Cruzeiro amplia liderança.

Image

O time do Cruzeiro venceu mais um jogo difícil na caminhada da Série B. Foi até Ponta Grossa e superou o organizado Operário por 2 a 1. Resultado que mostrou a maturidade de um time que se destaca pelo coletivo e ganha casca, a cada dia, em busca do acesso.

O Cruzeiro teve um início difícil, fora da sua zona de conforto no que diz respeito à saída de bola. Tinha dificuldades diante da pressão dos atacantes do Operário nos primeiros minutos, mas soube entender a situação e mudar o posicionamento dos três zagueiros, equilibrando as ações rapidamente.

Ainda que não tenha feito um bom primeiro tempo no ataque, sobretudo por ausência de criação no meio-campo, o Cruzeiro conseguiu ter as chances mais claras. Canesin e Rafa Silva poderiam ter colocado o time em vantagem. Jajá, pela esquerda, foi a peça mais acesa. Segurou menos a bola e foi mais eficiente no um contra um.

Defensivamente, o Cruzeiro fez uma primeira etapa segura, levando susto somente em cobrança de falta de Paulo Sérgio, que beijou a trave com Rafael Cabral ainda vivo na bola.

Por mais que o empate pudesse parecer bom, diante da vantagem do time na tabela, de ter vencido o Criciúma fora e ter pela frente o CRB, no Mineirão, Pezzolano mostrou, com ações, que queria vencer. Colocou Edu junto de Rafa Silva, disposto a resolver o problema ofensivo e a ter o time mais solto, com ocupação na área e na entrada dela, dando mais liberdade para Rafa, que mostra qualidades ao se movimentar.

O resultado chegou rápido, com gol logo aos seis minutos, de Pais. Mas o empate aconteceu três minutos depois. Chance para o Operário crescer, ainda mais com o Cruzeiro mais exposto.

Mas a resposta do time mineiro foi praticamente imediata e em jogada que premia treinos e tentativas: a bola longa de Zé Ivaldo para a velocidade do extremo. Jajá resolveu e foi o homem do jogo, com um gol e uma assistência.

O Operário voltou à carga, foi superior e teve liberdade pelo meio-campo até os 30 minutos. Período em que o empate parecia próximo. E, de fato, esteve. Rafael Cabral foi decisivo em lance cara a cara com Paulo Sérgio. Mas, quando Pezzolano repôs o meio-campo, o domínio adversário se tornou tão somente territorial.

O Cruzeiro vai criando casca na Série B, principalmente por conseguir fazer com que momentos adversos sejam curtos. Teve dificuldades no início em Ponta Grossa, mas mudou a saída de bola e entrou no jogo. Viu o adversário ganhar o meio-campo no segundo tempo, mas se organizou e fez com que os volantes e zagueiros trabalhassem mais do que o goleiro. E o mais importante em jogos como esse: foi letal.

Não teve brilhantismo do Cruzeiro. Em um curto momento da segunda etapa, chegou a ser dominado. Teve erros, sofreu sustos. Precisou de Rafael Cabral. Tudo isso é normal, e vai voltar a acontecer.

Mas o time venceu e mostrou que a força maior é coletiva, alternando os destaques individuais a cada jogo. Mérito de Paulo Pezzolano, que vai solidificando o trabalho e deixando o torcedor cada vez mais confiante de que o pesadelo pode acabar, sim, em novembro.

FUTEBOL MINAS FM