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Blog do Leo Lasmar – Quando o individual é mais forte que o coletivo

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O Atlético terá uma “semana livre” para descansar e treinar antes de um grande desafio no Brasileirão: visitar o Palmeiras em São Paulo para valer a liderança isolada da competição. Para tal cenário existir, o Galo precisou remar forte no Mineirão e vencer o Avaí por 2 a 1 no Mineirão.

O time de Antonio Mohamed vinha de derrota em casa para o Tolima. Dolorosa, como analisou Hulk, mas de efeitos menores em termos de caminhada na Libertadores. Diante do Avaí, não. A rodada foi boa. São Paulo empatou, Corinthians também. Por pouco o Verdão parou no Santos. Uma partida duríssima no Allianz Parque espera o Galo.

Diante do Avaí, o técnico escalou um 3-3-4 na fase ofensiva, encostando bastante o bom (e valente) meia Rubens como ala/extremo na esquerda, enquanto Mariano fechava a linha com Réver (Nathan, pendurado, foi poupado) e Junior Alonso (muito bem).

Nesta formação, o Atlético teve a posse de bola e encostava o Avaí contra a defesa. Mas faltou espaço no primeiro tempo. Tirando uma cabeçada de Sasha na trave, o goleiro do time adversário quase não trabalhou.

Até que um vacilo de Otávio (substituto de Allan, cansado) deu a chance para o Avaí sair na frente. Morato ocupou as costas de Rubens, mas o lance era simples até. O recuo de Otávio para Alonso saiu desgovernado. O atacante do Avaí saiu livre para marcar.

No segundo tempo, o calor da torcida (30 mil pessoas) foi essencial para o Atlético ir atrás da virada. O Avaí se fechou, apostaria no contra-ataque com William Pottker. Então, veio um chute de rara felicidade do melhor jogador do Brasil. Hulk recebeu passe de Mariano e venceu a retranca do time catarinense em chutaço no ângulo. O 19º gol dele em 21 jogos neste ano.

O Atlético se animou, foi para cima com a torcida vibrante. O Avaí praticamente não fez Everson trabalhar, mas a linha defensiva do Galo foi bem nos cortes de jogadas na entrada da área. A bola aérea do Atlético funcionou, ao menos para fazer ela chegar aos pés de Sasha. O camisa 18 usou a inteligência e técnica para não chutar de primeira, ajeitar a bola e mandar no cantinho.

Na reta final da partida, o Galo de Turco Mohamed segurou as substituições até onde pode. Fez três trocas nos acréscimos. Já Eduardo Barroca queimou os três tempos de substituições rapidamente. E Douglas foi expulso após derrubar Ademir, que o driblou na velocidade após lançamento. O lateral Kelvin foi para o gol, e teve sorte. Os chutes do Atlético não encaixaram, exceto uma tentativa de Rubens de fora, que o improvisado arqueiro conseguiu defender.

Rubens, aliás, nunca saiu tão fortalecido das partidas nas quais atuou no time profissional do Atlético. Explosão física e coragem para atuar em uma função que exige adaptações em sua mente. Foi na linha de fundo cruzar, defendeu bem na lateral. Saiu aplaudido (merecidamente) ao ser sacado para a entrada de Guga. O Galo não terá Arana contra o Palmeiras, mas tem a peça suplente solidificada para ser acionada novamente na função.

Por Fred Ribeiro – GE

FUTEBOL MINAS FM