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Blog do Leo Lasmar – Ou o Cruzeiro entende aonde está ou vai se encontrar na Série C

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O Cruzeiro segue sem um rumo capaz de leva-lo de volta à elite do futebol nacional. Segue empilhando vexames – esportivos e administrativos –, e a derrota de 3 a 0 para o Avaí evidencia, mais uma vez, que falar em acesso em 2021 é um descolamento absurdo da realidade.

Mozart teve a tão esperada “semana cheia”, com um dia de folga e quatro sessões de treinamentos. Que parecem não ter adiantado de nada. O time piorou. Seguiu vulnerável defensivamente e pouco inspirado ofensivamente. E esse saldo precisa chegar na conta da comissão técnica, muito mais do que na dos jogadores.

São dez jogos e dez escalações diferentes. É verdade que Mozart vem contando com problemas físicos no elenco, mas ele muda muito além da necessidade. Foram cinco caras novas no time inicial contra o Avaí. Duas por necessidade (Rhodolfo e Norberto), uma por merecimento (Moreno, que fez dois gols contra o Botafogo) e duas inexplicáveis (Ariel Cabral e Claudinho).

Não há o mínimo de coerência na entrada dos jogadores como titulares. Ariel vinha de três rodadas consecutivas sem sequer ser relacionado, enquanto Claudinho (que até hoje não teve lampejos no Cruzeiro) havia entrado pela última vez havia 20 dias. O argentino esteve longe de ser um dos maiores problemas do time em campo – foi melhor que Lucas Ventura, inclusive –, mas Claudinho fez o Cruzeiro jogar por 48 minutos com um a menos.

O time terminou o primeiro tempo com indícios de melhora. Tinha campo, volume, começava a incomodar. A comissão técnica (com Mozart suspenso) voltou com três mudanças: Felipe Augusto, Sobis e Rômulo nas vagas de Jean Victor, Claudinho e Lucas Ventura. As alterações geraram receio defensivo, que até não ocorreu o início. A equipe seguiu melhor e teve chances com Marcelo Moreno e Felipe Augusto para empatar.

Não ocorreu. A comissão decidiu mexer mais e tornou a equipe um verdadeiro amontoado. O time, que estava até certo ponto organizado, passou a ser um coletivo de 11 jogadores desesperados por gols – ou no mínimo um. Desandou. Parecia perto do empate, mas com as improvisações acabou se livrando de um vexame ainda maior do que foi. As mexidas tiraram do Cruzeiro a oportunidade de pontuar.

Já tinha um atacante improvisado na esquerda. Passou a ter também um volante atuando na zaga, com um meio-campo completamente aberto e lento. Rômulo, que não tinha entrado mal na partida, foi recuado e desapareceu. Fora da linha de quatro defensiva, Wellington Nem era o único jogador com velocidade para recompor. O Avaí fez dois gols em transições que não foram acompanhadas. Culpa dos jogadores? Muito mais da comissão, que se desesperou e esqueceu da mínima organização em campo. Estranho seria se não levasse mais gols.

Mozart demonstrou boas ideias nesse primeiro mês de Cruzeiro. Não se apegar a um esquema e não trocar seis por meia-dúzia é positivo, mas não sempre. Os jogadores sentem falta de referência de escalação, mas principalmente de esquema, de entenderem e saberem de cor o que devem fazer do ponto de vista tático.