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Blog do Leo Lasmar – Jovens do Atlético se tornam boas opções para Cuca.

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O Atlético iniciou a temporada 2021 com uma equipe alternativa, com reservas, garotos da transição e do time campeão brasileiro sub-20. Lucas Gonçalves, o técnico interino designado para comandar o Galo na arrancada do Mineiro mandou a campo nas duas rodadas iniciais um time sem “invenção”, mas com algumas mudanças simples (em comparação ao modelo de 2020), que favorecem aqueles que querem mostrar serviço.

Nessa quinta-feira, contra o Tombense, fora de casa o Galo entrou em campo com a mesma estrutura que jogou a estreia: um 4-3-3 claro, com destaque para um meio-campo dinâmico, com constantes trocas de posição.

Dylan Borrero, Zaracho e Calebe. Nenhum deles foi designado como primeiro volante, camisa 5. Eles alternaram, justamente para confundir a marcação adversária, ajudar a abrir os espaços e, mais do que isso, dar aos três a oportunidade de mostrar qualidade em todas as funções de meio-campo: marcação, saída de bola, triangulação, armação, entre outras. Nenhum deles foi só volante, nenhum deles foi só armador. O modelo favoreceu o trio, e o trio deixou o time mais agudo, vertical.

Em geral, todos foram bem, com destaque para Zaracho, que foi um dos melhores em campo nas duas partidas. Dylan Borrero teve bons momentos, mas também alguns erros de saída em Tombos. Normal para um jogador ainda em fase de aprendizado. Em Tombos, Calebe teve atuação mais discreta que na rodada inicial, mas esteve longe de fazer um jogo ruim.

Se um meio-campo com divisão igualitária de responsabilidades tem favorecido o trio titular (do time reserva), isso também acontece em outros setores. Os laterais estão jogando “na deles”, como laterais, mas com liberdade para trabalhar pelo corredor ou buscar triangulações por dentro. Nessa corrida entre os reservas dos dois lados, Dodô, até aqui, mostrou bem mais que Mariano.

Na zaga, Igor Rabello fez jogo mais seguro que Gabriel, apesar de o segundo ter feito o gol da vitória nessa quinta. Na frente, a comissão técnica interina tem dado sequência a Sávio (que vive um processo de amadurecimento absolutamente natural e esperado para um garoto de 16 anos) e Marrony pelos lados. O segundo, inclusive, aproveitou muito bem as duas partidas, com movimentações inteligentes e ações verticais, sempre buscando o gol. Marcou nos dois jogos.

O modelo também tem feito o camisa 9 jogar. Contra a URT, foi Diego Tardelli, que marcou um gol. Contra o Tombense, foi o garoto Felipe, de 18 anos, que não marcou (parou na trave), mas deu assistência para Marrony. A boa chegada dos laterais (especialmente Dodô), o apoio dos pontas e a trinca de meias que “sabem jogar” favorecem também o homem-gol do time, seja ele quem for.

Numa análise ampla, a primeira versão do Atlético 2021 tem, até aqui, dentro de campo, muito mais virtudes apresentadas do que problemas diagnosticados. O modelo de jogo não tem grandes inovações (e nem tinha como ter, em tão pouco tempo desde a saída da antiga comissão técnica), mas é bem definido, ofensivo, até mais vertical do que o anterior (com menos passes laterais, por exemplo) e que favorece bons desempenhos individuais.

Há reservas com potencial de titularidade aproveitando bem o espaço (casos de Dodô, Zaracho e Marrony), há garotos passando recados importantes (Dylan Borrero, Calebe e Sávio, por exemplo), além de vários jovens ganhando uma “minutagem” que, certamente, fará muito bem ao início de carreira (Echaporã, Felipe Felício, Júlio César, Matheus Lima, Iago Oliveira e Neto).

Se a missão era dar oportunidade aos reservas, para que mostrem valor, mas também produzir o suficiente para o Atlético iniciar o Estadual como protagonista, ela está sendo bem cumprida.

Por Guilherme Frossard- GE