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Blog do Leo Lasmar – Estadual serviu para o Cruzeiro de preparação para a série B? Tomara que sim.

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Fim da linha para o Cruzeiro no Campeonato Mineiro. O time foi eliminado de forma justa pelo América, na semifinal, e agora foca completamente na Série B, ainda que tenha pela frente a Copa do Brasil. O Estadual serviu de laboratório para a competição nacional e deixou muitas lições, mas também uma esperança de que o caminho traçado pode ser de sucesso.

O Cruzeiro foi dominado pelo América no Independência. Lisca leu o jogo de ida, no intervalo, e tomou atitudes que definiram o duelo, não só pela virada no Mineirão, mas também pela manutenção da estratégia nesse domingo. O Cruzeiro não conseguiu criar alternativas para se livrar dela.

Mas o domínio rival não torna inútil tudo o que foi feito no Cruzeiro até aqui. O América é mais time, tanto no conjunto quanto em peças já estabilizadas em um trabalho que é o mais longevo da Série A. Não há demérito em ser eliminado pelo América. O Cruzeiro fez sua parte, cumpriu a obrigação de chegar à semifinal. Agora, é tirar proveito do que foi visto e construído nos primeiros três meses de temporada.

O principal recado que fica no clássico decisivo é sobre a necessidade de um meio-campo mais robusto, que ocupe mais espaços na marcação e consiga chegar com mais gente e velocidade ao ataque. O domínio do América no segundo tempo do Mineirão e em todo o jogo do Independência passou pelo funcionamento do setor. Zé Ricardo, Juninho e Alê anularam Matheus Barbosa e Rômulo, além de conseguirem, com certa facilidade, espaço com a bola. A saída com Adriano também foi bem marcada. Ponto para Lisca.

O Cruzeiro também precisa de ajustes no elenco. Felipe Conceição já reconhece isso, o que é um excelente ponto de partida. Mas é preciso dar tiros certeiros no mercado. Weverton tem potencial e personalidade, mas há necessidade de mais um zagueiro experiente, como é o Eduardo Brock. Na lateral, Cáceres também precisa de um concorrente. É muito regular, não tem problemas físicos e é disciplinado, mas obviamente não jogará as 38 rodadas. Certamente, crescerá com concorrência, como Matheus Pereira cresceu tendo Ruschel como sombra.

O setor ofensivo também apresenta gargalos. O elenco sente falta de um meia armador. Marcinho e Claudinho não decolam, também em função da dificuldade de encaixe no esquema de Conceição. Rômulo entra na mesma análise feita em relação ao Cáceres. Os extremos também têm dificuldade de apresentar sequência de boas atuações.

Mas dá para dizer sem medo que o saldo do Campeonato Mineiro é muito positivo. A “obrigação” foi feita e, visando o objetivo principal da temporada, houve evolução. Felipe Conceição conseguiu fazer seu trabalho aparecer. Deu padrão tático à equipe, definiu um modelo de jogo e também um time-base. Quem acompanha sabe escalar, com poucas possibilidades de ressalvas, quem são os titulares. O primeiro tempo contra o América, na ida, e a vitória sobre o Atlético são os modelos a serem seguidos ao longo da Série B.

O comparativo natural é em relação ao ano passado. Não há como não ser. E também não tem como dizer que o cenário atual não é melhor. O Cruzeiro ainda não é está pronto para subir, precisa de ajustes como time e também como elenco. Mas o torcedor tem muito mais motivos para acreditar que o tão sonhado acesso chegará em 2020.

Por Guilherme Macedo – GE