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Blog do Leo Lasmar – E a defesa do Atlético? Até quando vai entregar jogos?

Na véspera do confronto Atlético x Fortaleza, o volante Ederson foi perguntado sobre o que o Leão do Pici precisaria fazer para pontuar no Mineirão, na 1ª rodada do Brasileiro. Jocosamente, respondeu: “Vencer ou empatar”. Uma simplicidade e obviedade que o time colocou em campo, na inteligência tática do técnico argentino Juan Vojvoda. A Atlético pecou demais e sofre uam justa derrota por 2 a 1 de virada. Agora, perderá jogadores importantes para a Copa do Brasil e tentativa de melhora nos pontos corridos.

Há muitos erros a corrigir. Cuca tem capacidade e mão de obra para entregar uma equipe com uma postura mais segura na defesa. O sistema defensivo foi um grande trunfo na decisão do Campeonato Mineiro e na campanha de 1º lugar geral da Libertadores. O Brasileiro começou pro Galo, é preciso despertar e saber que, no Mineirão, os times virão sem medo de perder.

O jogo começou disputado, com o Atlético trocando passes, tendo mais de 70% de posse de bola em determinado momento do confronto, virando bola, tentando achar espaços. Assustou com Savarino, Hulk e, em outras fases da etapa inicial, com Marrony. O meio de campo mordia, com Allan muito bem, Nacho abrindo espaços, Tchê Tchê bem na saída de bola. Mas o Fortaleza também ameaçava e sobrecarregava no lado esquerdo.

Pouco depois de Hulk errar um gol na cara, em ótimo passe de Savarino, o camisa 7 recebeu de Marrony nas costas da defesa e sofreu um pênalti do zagueiro Titi. Os jogadores do Fortaleza ficaram na bronca, acharam que o braço de Titi não era suficiente para derrubar Hulk. Nada adiantou. O artilheiro converteu. Mas o Atlético ainda não estava confortável na partida.

No segundo tempo, um time irreconhecível. Perdeu o meio de campo e deu espaços. Dois jogadores fundamentais na defesa estavam ameaçadas pelo amarelo: Allan e Igor Rabello. Curiosamente, no lance do gol de empate do Fortaleza, uma cobrança de lateral atrai Wellington Paulista para receber a bola, e Igor Rabello erra ao tentar acompanhar. Abre-se um buraco na linha da retaguarda. Lucas Crispim fica com ela e vence Allan. Vê Junior Alonso chegar, mas o toque é rápido. Ela fica com Yago Pikachu, na faixa da direita, e a bomba balança a rede.

O Atlético, no ataque, tinha pouca presença. O gol de Pikachu fez Cuca trocar as primeiras substituições que faria. Jair estava pronto para entrar. Mas voltou pro banco. O meio de campo alvinegro, sem pegada e com saída de bola neutralizada, ficou ainda mais frágil, mesmo que com mais fôlego das modificações.

Hulk ficou isolado em uma “ilha” na zaga do Fortaleza, bem encaixotada atrás. Savinho, muito verde ainda, tentou arriscar chutes de canhota na ponta esquerda. Mas foi Eduardo Vargas, na vaga de Marrony, que quase fez o gol da vitória. Um drible de futsal na grande área para fazer um golaço, mas veio o desarme no segundo momento. Logo depois, Hulk, com muita vontade, mas sem aproximação dos companheiros, falhou na tentativa de entrar na área e foi desarmado. Então, o Galo, indo atrás da vitória, estava mais desprotegido.

No contragolpe, Zaracho não conseguiu fazer a falta para “matar a jogada”. Junior Alonso, longe, bem longe dos melhores dias, voltou a falhar na leitura da jogada, ao tentar o bote e abrir espaço para o passe em profundidade para Pikachu, deixando Arana para trás, e chutando com perfeição, fora da área, na saída de Everson. Isso já aos 48 minutos do segundo tempo.

O Atlético estreia mal no Brasileiro, mas ainda há terreno propício para correções. O calendário traz a Copa do Brasil à realidade, na quarta-feira, contra o Remo. Se houve desgaste físico – negado por Guilherme Arana -, Cuca tem o desafio de montar um time competitivo sem três jogadores titulares da defesa, todos entregues à seleções (olímpica, no caso de Arana e Guga, e paraguaia, de Junior Alonso). Isso sem contar Jefferson Savarino, Eduardo Vargas e Alan Franco também convocados, Tardelli fora e Keno lesionado.

Por Fred Ribeiro – GE