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Blog do Leo Lasmar – Dura realidade: Cruzeiro e Z4!

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Pergunte ao torcedor do Cruzeiro: qual é o time titular de 2021? A resposta mais próxima da realidade é: não há. Há seis meses disputando partidas na temporada, a Raposa ainda não tem um 11 definido e se vê diante de uma rotina de mudanças da escalação inicial. Não tem funcionado. Assim foi com Felipe Conceição, e agora é com Mozart.

De empenho e tentativas não se pode questionar Mozart. O treinador cruzeirense está há 12 jogos no clube e não repetiu uma única vez a formação. Está tentando, mas não encontra as vitórias. Há lesões e suspensões dentro do pacote.

Mas o certo é que ainda não encontrou a formação que busca. Senão, não estaria mudando. Contra o Vila Nova, por exemplo, voltou a utilizar a formação com três zagueiros, não usada no último mês nas escalações iniciais. Também promoveu retornos de Ramon e Lucas Ventura ao time titular. Tirou Marcinho e colocou Thiago.

Se não está satisfeito com o desempenho da equipe, que acumula oito jogos sem vitória, Mozart vê a pressão sobre o seu trabalho aumentar. Mas ele não sinaliza desistir. Nem o Cruzeiro.

O clube ainda vive insegurança jurídica de, caso encerre a “era Mozart”, poder contratar um novo treinador, sem burlar a regra de técnicos na Série B. É que ainda há discussão na CNRD se a saída de Felipe Conceição ocorreu por “comum acordo” ou decisão exclusiva do Cruzeiro. Ainda não há decisão.

Mozart vê seu trabalho envolto em uma crise sem precedentes no clube. E que não termina. Por mais que existam tentativas para melhorar a situação, o Cruzeiro ainda encara problemas financeiros/políticos graves que afetam o dia a dia do clube. Há instabilidade. Um grande pesadelo ao cruzeirense, ainda sem fim.

O Cruzeiro vai dormir outra vez na zona do rebaixamento. É a causa que o clube briga na Série B: escapar de um vexatório rebaixamento à Série C. Mozart viu melhoras da equipe contra o Vila Nova.

De fato, elas existiram. No segundo tempo, principalmente. Em Goiânia, o Cruzeiro teve chances reais de sair vitorioso e dominou a partida em boa parte da segunda etapa. Essa sensação não havia ocorrido nos dois jogos anteriores. Mas falta pontaria. O time não marca gols.

“Não é pra fazer média com ninguém, pelo contrário, é realmente o que eu vejo, dia a dia desses jogadores, o que eles entregam no jogo, a atmosfera de vestiário, enfim. Eles estão tentando, você cria cinco chances e infelizmente nós não fizemos, é um momento que nós temos que tirar forças de algum lugar pra atravessá-lo. E como? É só trabalhando, falando pouco e trabalhando bastante”.

São 12 pontos conquistados em 42 disputados. Menos de 30% de aproveitamento. Duas vitórias apenas em todo o campeonato. Rendimento digno de rebaixamento. É preciso reagir e rápido, com mudanças que surtam efeito.