Futebol, em muitos momentos, não é merecimento. Um time que joga por uma só bola, ganha. Outro que pressiona o jogo todo, não. Na Arena do Jacaré, o Cruzeiro fez um jogo superior ao Operário, principalmente na segunda etapa. Pressionou bastante nos finais, perdeu chance clara e chegou ao gol, anulado depois de checagem do VAR.
Fora as polêmicas do jogo, o Cruzeiro mostrou que tem novo espírito com Vanderlei Luxemburgo. Um espírito cobrado pelo treinador. De luta, garra, vontade e muita briga física em campo.
No segundo tempo, isso ficou bastante nítido. O time foi para frente e lutou por cada bola. Ficou praticamente sem meio de campo e passou a explorar os lançamentos diretos, já que povoou a última parte do campo, com Thiago, Moreno, Rafael Sobis e Wellington Nem. O Operário se retraiu e foi muito pressionado.
O gol cruzeirense chegou, mas foi anulado. A insistência em conseguir o segundo gol, entretanto, demonstrou a vontade do time em conseguir a vitória e buscar o crescimento na tabela.
Bem diferente do primeiro tempo. Nele, apesar de ter conseguido gol inicial, em um lance de insistência e qualidade de Claudinho, o Cruzeiro teve bastante dificuldade em controlar a bola e criar chances. Ainda levou um empate, em lance de infelicidade de Eduardo Brock, que foi com excesso de força no lance.
Pela etapa final, o time mereceu a vitória. Mas ficou, mais uma vez, no empate. Chegou à 12ª igualdade na Série B. Metade dos jogos que fez, ficaram no empate. É o time que mais repartiu ponto com o adversário na competição. O Cruzeiro soma 30 pontos, a sete da zona do rebaixamento, mas essa distância ainda pode diminuir com o fim da rodada.
Mirando o G-4, o Cruzeiro ainda tem um longo caminho pela frente. A distância para a zona que volta à elite do campeonato, continua sendo de 11 pontos.
Por Gabriel Duarte- GE
