O torcedor do Atlético já viu esse filme. Um começo travado (mas paciente frente a um rival fechado), um ajuste no intervalo e o domínio fatal para matar o jogo no segundo tempo.
O Galo repetiu essa fórmula contra o Fluminense, pelas quartas de final da Copa do Brasil. Venceu por 1 a 0, no Mineirão (já havia vencido por 2 a 1 no Rio), e segue na luta pelo título. Ou melhor, pelos títulos. São três frentes. Três esperanças para a torcida.
O líder do Campeonato Brasileiro (com sete pontos de vantagem) é também semifinalista da Copa do Brasil e da Libertadores. Campanhas robustas. O Atlético vai cumprindo a longa caminhada como protagonista, e sem priorizar torneio. Cuca tem conseguido tirar o melhor do elenco.
O Galo busca soluções a cada jogo, diante do que cada partida pede. Carrega essa peculiar característica. A equipe se transforma no segundo tempo (sem necessariamente passar sufoco na etapa inicial). Não tem cansaço da maratona. Tem alternativa para achar o gol. E vem sendo fatal.
Se impõe coletivamente. Quando não é possível, conta com as individualidades. E tem de sobra. Hulk, Nacho Fernández, Zaracho, Savarino, Vargas e, agora, Diego Costa.
O atacante, ainda em busca de melhor condição física, entrou no segundo tempo contra o Fluminense. Não marcou (o gol foi de Hulk, de novo). Mas chamou a atenção a evolução do atacante. Correu pelos lados, se apresentou na área, finalizou. Foi um dos ingredientes para o volume e domínio do Galo.
O ataque faz sua parte. E tem o suporte da defesa, que dá enorme estabilidade para o Atlético mostrar autoridade em 2021. Não podem faltar elogios para o sistema defensivo. Dos volantes aos zagueiros, passando pelos laterais e a grande fase do goleiro Everson, o Galo tem um paredão protegendo a meta.
Nos últimos 20 jogos, o time sofreu apenas uma derrota. São 15 vitórias nesta sequência, sendo que em 12 partidas, a rede atleticana não foi balançada.
O Atlético vem cumprindo uma temporada de muitas esperanças para o torcedor. Campeão mineiro e agora na briga por três taças. Não tem nada ganho. É preciso manter os pés no chão. Mas o time ratifica que tem força.
Por Rodrigo Fonseca – GE
