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Blog do Leo Lasmar – Atlético mostra artilharia pesada. Será que engrena de novo?

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O Atlético respondeu à necessidade de melhorar no Brasileiro com uma vitória concreta diante do Atlético-GO. E os 4 a 1 evidenciou a falta que jogadores importantes fizeram ao time nas rodadas anteriores. Com Savarino e Nacho, um outro Galo atacou o Dragão no Mineirão. O saldo final é de positividade e elogios, também para peças que superaram obstáculos e se juntaram a um bom desempenho coletivo do time.

A defesa do Atlético-GO era o destaque da Série A. Sete partidas com três gols sofridos. No primeiro tempo, dobrou o número de gols contra. O Galo pressionava, roubava bola no ataque e contou com noites inspiradas de Matías Zaracho e Nacho Fernández nas finalizações. Para quem entrou em campo sem nenhum lateral esquerdo à disposição, Cuca acertou na escalação com Tchê Tchê, coringa. Bem na marcação e saída de bola.

Do outro lado, Mariano ficou com a vaga de Guga e foi um dos melhores jogadores em campo. Ajudou na marcação, cruzou, fez roubadas de bolas fundamentais para a criação de ataques. Os chutes que não entraram contra Chapecoense, Ceará e Santos, acharam destino fatal diante do Atlético-GO, ainda que, principalmente no segundo tempo, e na sede de matar o jejum de Hulk, o Galo poderia ter matado o jogo logo cedo.

O Atlético-GO foi para o intervalo diminuindo para 3 a 1 num lance de falta de sorte da defesa do Atlético, tão criticada e, ainda que tenha sofrido alguns sustos, contou com noite de segurança de Everson. O goleiro, justamente apontado como culpado da derrota pro Ceará, sabe que a posição te leva do inferno ao céu. Defesas complicadas à queima-roupa, para garantir a tranquilidade.

Elogiar Nacho Fernández é chover no molhado. E pensar que foram quatro jogos afastados do clube, sendo um por gripe e três por Covid. O lance final da partida, do quarto gol do Atlético, sintetiza o que se viu no Mineirão. Matías Zaracho recupera a bola no carrinho (um meia completo, que desarma, cria, finaliza – mas precisa de ritmo) e Tchê Tchê, pura entrega, dá o passe para Hulk tabelar com Hyoran e dar um passe milimétrico para Nacho chegar chapando no ângulo.

Uma vitória de esperanças e alívio pelo momento, para inserir o Atlético num julho de pura adrenalina, com jogos do Brasileiro, Boca Juniors na Libertadores, o Bahia na Copa do Brasil (a volta é em 4 de agosto). Outros jogadores ainda irão voltar, da Copa América, do DM, e o técnico Cuca frisa que é um time em construção.

Oscilações irão acontecer, não é porque perdeu que todo mundo é ruim. E nem porque venceu bem, que o Galo será campeão de tudo. O Atlético jogou coletivamente consciente, ocupando espaços, trocando passes rápidos e ainda tem lastro para evoluir e, por exemplo, deixar o belo uniforme branco de Everson mais limpo ao apito final.

Por Fred Ribeiro – GE