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Blog do Leo Lasmar – Adeus ao G4 e que não venha o Z4.

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Um segundo tempo para esquecer. Assim pode ser descrita a etapa complementar que o Cruzeiro fez diante do CSA, nesse domingo, no Independência. O time alagoano começou perdendo, mas se aproveitou de uma equipe frágil na marcação, sem criação e desequilibrada para conseguir a virada fora de casa. O placar terminou 2 a 1 para o visitante.

Com muitas ausências na partida por causa de lesões e suspensões, Luxemburgo teve que fazer mudanças em todos os setores do time. Lucas Ventura, que entrou no lugar de Marco Antônio, começou bem, mas logo foi substituído por Ariel Cabral, após sentir o músculo posterior da coxa.

Claudinho mostrou que vive fase de ascensão, com a chegada de Luxemburgo. Foi dele o primeiro gol do jogo. Um alívio para as quase seis mil pessoas que estiveram no Independência, na tarde desse domingo. O placar momentâneo gerou uma onda de otimismo por mais três pontos na tabela.

Mas, na etapa final, a Raposa deu a impressão que não voltou do vestiário. O time mineiro sofreu o gol de empate logo aos quatro minutos, depois de uma falha no sistema defensivo. Yuri foi lançado na área, entre Matheus Pereira e Ramon, dominou e mandou para as redes, sem nenhuma marcação de perto.

Depois do empate, o CSA cresceu ainda mais na partida, ganhou o meio de campo, teve volume e poderia até ter marcado com Bruno Mota, mas parou no goleiro Fábio.

Com a entrada de Victor Leque e Rafael Sobis, no lugar de Felipe Augusto e Tiago, o Cruzeiro ficou ainda mais vulnerável. Não demorou para o CSA achar outra bola dentro da área para virar o jogo. Assim como o lance do primeiro gol, houve falha do sistema defensivo, que ficou marcando a bola e não viu a movimentação de Iury Castilho por trás da zaga.

Após a virada, o Cruzeiro se perdeu ainda mais. Se já havia pouca criação, ela passou a ser nula. Como se não bastasse o futebol dentro de campo, Rafael Sobis demonstrou a instabilidade de todo o elenco quando foi expulso após reclamar com o juiz. O desequilíbrio emocional dos jogadores que cerca o clube fora de campo ficou nítido.

Na última semana vieram à tona os atrasos salariais de jogadores e funcionários. São cerca de dois meses de débitos com o elenco profissional. Ter os salários pagos em dia era uma das exigências do técnico Vanderlei Luxemburgo quando assumiu o Cruzeiro. Na véspera da partida, o treinador chegou a dizer que a situação o incomodava. 

Na entrevista coletiva, após a derrota para o CSA, Luxemburgo disse que a derrota “machucava”, mas que a competição continua.

“Ela (derrota) machucou bastante. Uma vitória dá um animo diferente, como uma derrota dá um animo para baixo. Então, a gente vai ter que botar o pessoal para cima e entender que a competição continua”

Faltando 12 rodadas para o fim da Série B, o Cruzeiro segue mais perto da zona de rebaixamento do que do retorno à elite do futebol. Com 31 pontos e em 14º lugar, o time mineiro tem cinco pontos de vantagem para o Brusque, 17º colocado. Em relação ao CRB, que ocupa a 4ª posição, são 13 pontos de diferença.

A sequência invicta foi ilusória para o clube e o torcedor. Os doze jogos sem derrota se resumem a oito empates e quatro vitórias. Muito pouco para mudar a realidade do Cruzeiro na Série B, que segue na parte de baixo da classificação e longe do G-4.

Por Laura Rezende – GE