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Tomada de Atitude: “Das pequenas as grandes falhas”

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Muitos pais, equivocadamente, acreditam que se um filho fizer uso das drogas eles perceberão a tempo de tomarem providências para que ele não seja arrastado por elas. Enganam-se. Como a dependência é um processo lento, que se instala ao longo do tempo, quando eles tomam conhecimento é provável que o filho já faça uso prolongado e severo delas.

Como demoramos para perceber que um filho iniciou o uso das drogas, precisamos focar nossas atenções aos outros comportamentos. Por vezes, preocupamo-nos tanto com o uso de substâncias ilícitas e nos esquecemos de corrigir os pequenos desvios de conduta que vão se somando, ganhando volume até atingir níveis perigosos.

É preciso atenção permanente sobre as condutas dos pequenos, sem minimizar suas falhas e tomar atitudes para corrigi-las. Não podemos tapar os olhos para os pequenos deslizes. Uma birra não deve ser vista como coisa de criança. Uma palavra ofensiva aos pais não deve provocar risos. Uma agressão a um colega de escola não pode ser aplaudida. Um objeto estranho trazido para casa não deve ser ignorado, pois se não corrigidas, as pequenas falhas vão se avolumando.

Com absurda capacidade de prestar atenção e assimilar o que vivenciam em seu dia a dia, os filhos percebem facilmente que os pais são permissivos e a permissividade é um dos comportamentos facilitador dos desvios de conduta. Pais sem autoridade é um caminho aberto às transgressões de regras.

Nós adultos não podemos tudo e os pequenos também não. É dentro de casa que precisam conhecer noções de limites. É no lar que precisam entender que existe o sim e também o não. São os pais que devem ensiná-los que eles não são os donos do mundo e que para cada falha existe uma consequência.

Mas isso precisa começar o mais cedo possível, pois as pequenas falhas crescem e se multiplicam. Se não conseguirmos controlar e exercer nossa autoridade em relação à criança, certamente não será quando completarem quatorze ou quinze anos que seremos bem-sucedidos.

Quando chegam à adolescência, é a fase onde buscam a própria identidade e o conhecimento dos seus limites. Esse momento exige dos pais maior atenção e um posicionamento claro em relação às condutas dos filhos. É a fase onde eles vivem com maior intensidade as relações de grupo, se testam e nos testam o tempo todo. Atitudes permissivas nessa travessia significam colocá-los em alto grau de risco.

A liberdade que os filhos buscam precisa estar intimamente ligada à responsabilidade. Todo grande desajuste comportamental começa pelos pequenos e quando nos posicionamos com firmeza diante das falhas menores, estamos educando para que eles não mergulhem nos grandes problemas. Isso é atuar na prevenção.

Texto: Celso Garefa – Amor-Exigente Sertãozinho