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Quem sou? Onde estou? E para onde vou?

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Ao falarmos sobre raízes culturais devemos analisá-las sob dois aspectos. Um deles está relacionado ao passado, ou seja, o que somos hoje é o reflexo do que recebemos durante toda nossa vida, as nossas relações familiares, as influências dos nossos grupos de referência, etc. e de nossas próprias escolhas, em relação ao que nos foram apresentados.

Sob esse ponto de vista olhamos para o meu eu através das nossas raízes culturais herdadas ou adquiridas ao longo da vida para identificarmos o que nos fizeram sermos aquilo que hoje somos. É um olhar sobre o passado.

Mas, se o que somos hoje é reflexo da maneira como recebemos, assimilamos, e formamos os nossos juízos, valores e princípios, o que seremos amanhã será o reflexo das nossas interações e escolhas de hoje. Quais são nossas metas, nossos sonhos, nossos projetos e como nos identificamos e nos posicionamos em relação atual cultura?

Sob esse ponto de vista, raízes culturais nos remetem a ideia de futuro. O que queremos ser? Para onde desejamos caminhar?

Raízes culturais são, portanto, um processo dinâmico, que interliga passado e futuro. Dos valores, princípios e comportamentos que herdamos do passado, o que vale a pena preservarmos? O que podemos resgatar? O que devemos descartar? E quais nós estamos dispostos a adquirir?

Antoine de Saint-Exupéry citou, certa vez, que “Aqueles que chegam até nós não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós”. Se por um lado somos influenciados e fazemos nossas escolhas, de acordo com o juízo que fazemos diante do que nos é apresentado, por outro, também somos influenciadores, e isso nos alerta para nossa responsabilidade em relação as nossas condutas diárias.

Talvez fosse mais cômodo seguir a receita da música cantada pelo Zeca Pagodinho: “Deixa a vida me levar, vida leva eu”. Mas a vida é uma construção que depende de nossas ações. Para isso precisamos saber: Quem eu sou? Onde eu estou? Para onde eu vou? Pois, como uma fala citado no filme Alice no País das Maravilhas, se você não sabe para onde ir, qualquer caminho serve.

Texto de Celso Garefa. Amor-Exigente Sertãozinho SP