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Pais e filhos não são iguais

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Nos grupos de Amor-Exigente refletimos 12 Princípios básicos, simples que transmitem certeza, clareza e ao mesmo tempo são tão difíceis de serem vividos na prática! Neste mês de abril falaremos de “Pais e Filhos não são iguais”, que é o mais difícil, e traz um exame de consciência para saber a razão. Vejamos…

A mulher serviu café à sua amiga e sentou-se para conversar, quando seu filho adolescente adentrou a sala com um colega e disse em tom imperativo: “Mãe, vai tomar café em outro lugar com sua amiga porque eu quero jogar videogame”. Obediente, a dona da casa e a visitante foram conversar na cozinha, deixando a sala para o “reizinho” brincar.

Cenas como essas estão se tornando cada vez mais frequentes do que imaginamos. Parece até que vivemos em outro mundo, onde os papéis se inverteram. A autoridade antes emanada dos pais agora é imposta pelos filhos, às vezes, de maneira desrespeitosa e irônica. Entretanto, se analisarmos o âmago da questão, concluiremos que fomos nós pais que definimos o padrão educacional dos filhos. Se suas atitudes não atendem nossas expectativas de boas maneiras ou educação social cooperativa, cabe também aos pais reverem seus conceitos pedagógicos e corrigirem a rota dos acontecimentos.

Na família, pais e filhos desempenham papéis diferentes. Os pais orientam e protegem os filhos, esses, por sua vez, crescem e se desenvolvem. Os pais, em virtude das experiências adquiridas, têm supostamente discernimento maior e até melhor que o dos filhos. Embora nem sempre seja maior ou melhor que o dos filhos, tal discernimento costuma ser razoavelmente bom. Os pais, portanto, devem tomar as decisões de como educar e proteger os filhos de tudo que venham considerar prejudicial ao crescimento, e desenvolvimento destes. Por exemplo: pais cujos filhos ainda morem consigo tem o direito de fixar todas as regras do próprio lar, mesmo que “os meninos” já tenham alcançado a maioridade. Cabe aos pais exercer autoridade civilizada e benéfica sobre o fluxo dos filhos, colocando limites, horários, obrigações e diversões.

Um lar não pode ser como hotel, onde as pessoas saem sem dizer onde vão, com quem vão e quando retornam. Quando os pais provêm a casa de todas as necessidades, pagam estudos, planos de saúde, prestação da moradia ou algo semelhante, assumem, enfim, toda responsabilidade de manter uma residência decente, emocionalmente estável a todos os seus habitantes, tornando-a assim um lar, os filhos não têm direito a reivindicar qualquer autoridade sobre ninguém. Nem mesmo sobre “seus” quartos, que na realidade são de seus pais.

A privacidade, portanto, é um privilégio que advém da cooperação e não da presunção. Apesar de não querer admiti-lo, os adolescentes sempre estarão numa situação de dependência enquanto morarem ou forem sustentados pelos pais.

É dessa forma que a humanidade caminha e evolui. Os pais, desempenhando seus papéis de modelos, educadores, provedores, guias, orientadores, sinalizando caminhos onde os filhos possam percorrer sem que as coisas ruins aconteçam. Quanto aos filhos, espera-se que incorporem seus papéis de educando, orientado, provido, desempenhados com respeito, admiração e gratidão por aqueles que lhe deram, no mínimo, a condição de vida: Seus pais…

“O AMOR-EXIGENTE É AMOR PREVIDENTE: ESTÁ A SERVIÇO DA PREVENÇÃO. NÃO É AMOR INTRANSIGENTE NEM CONDESCENDENTE, MAS PREVIDENTE”.

Texto de Analita P. Bossoni