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Os pais e filhos também são gente

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Quando nos tornamos pais, nos veem como super-heróis. Mas somos o que somos e não adianta pensar diferente, somos apenas gente, apenas humanos. Temos sonhos e esperança. O filho uma benção, preparamos para recebê-lo, adaptamos às novas condições e situações. Quando nos cansamos, sentimos perdidos. A troca do dia pela noite, o xixi a toda hora, o dar de mamar, o choro.

O cansaço nos leva a desanimar. Os pais estressados acham que não estão prontos e ameaçam a deixar de serem os provedores e defensores da família.As mães desvalorizadas e sobrecarregadas cansaram da discriminação, do desrespeito e os dois estão querendo abandonar o barco, sumir.

Nas nossas raízes muitas vezes não conseguimos encontrar a força que necessitamos para nos fixar como pais, nós deixamos de procurar as raízes boas que tivemos. Os filhos acham que precisamos ter uma resposta imediata (somente no que eles querem) e aí nos manipulam, fazendo os pedidos sempre no momento em que estamos ocupados e apressados em que não temos tempo de pensar ou discutir a resposta, sim ou não. O complexo da fada madrinha. Sermos super-heróis como super-homem, homem aranha ou mulher maravilha.

Quando vivemos em uma família em desequilíbrio ficamos reféns dela. Como reféns do comportamento abusivo, sentimos nossa incompetência. Todos os que nos cercam mostra o que fizemos de errado, mas ninguém nos mostra um caminho. Este sentimento de incompetência nos faz sentir um pesado fardo nas costas: a culpa.

Ser pais de bebês é diferente de serem pais de adolescentes. As crianças crescem e devemos crescer com eles. Não somente fazer as suas vontades. Quando sentimos cansados temos que reconhecer que também somos humanos, não máquinas.

 É falso pensar que para sermos bons pais precisamos ser capazes de tudo, e muitas vezes acreditamos nisso. Assumimos compromissos que vão muitas vezes desestruturar toda a família, mesmo sabendo que mais cedo ou mais tarde os nossos filhos vão cuidar de sua vida de um jeito ou de outro, irão embora. Temos que lembrar sempre que somos humanos, apenas pais, não máquinas. Não somos deuses.

Os pais têm direito a felicidade, tem o direito de buscar o justo e oportuno prazer. Tem direito de buscar sua realização. Tem direito de serem felizes. Precisamos conscientizar que nossos filhos hoje são criados pelos avós (na grande maioria) e que os avós não podem fazer nos netos o que não puderam fazer com os filhos, devem ser discutidas todas as ações que vão realizar e nunca um tirar a autoridade do outro e procurar não compensar com mimos.

Sabemos que filhos também são gente, mas precisam ser treinados para isso. Vamos calçar o sapato do outro e colocar no lugar dele. É preciso que entendamos o valor de ser humano e cuidar das nossas raízes para que deem bons frutos (respeito, integridade, honestidade). É preciso conscientizar que somos o que somos e não o que queremos ser. Precisamos de um tempo para nós, pensar em nós. Tempo para conversar, para ouvir, para falar. E até para deixar saber quem nós somos.

José Tito – Regional AE Divinópolis. Fonte: O que é Amor-Exigente