fbpx
Pular para o conteúdo
  • Home
  • Amor Exigente
  • O brasileiro costuma fazer uma oportuna confusão entre gostar e amar.

O brasileiro costuma fazer uma oportuna confusão entre gostar e amar.

Image
Retirado do Site: https://www.pexels.com/pt-br/foto/abstrair-abstrato-adoravel-amor-887349/

Gostar é fruto do sentimento de simpatia. Gostar é algo descompromissado, que não implica fidelidade. Amanhã posso deixar de gostar. Gostar implica obtenção de algum lucro (prazer), satisfação, reconhecimento, paparicos, elogios etc. Tão logo cesse a obtenção do lucro o sentimento de simpatia é substituído pelo sentimento de indiferença ou até de antipatia.

Amar é fruto de empatia, um estado de espírito no qual uma pessoa se identifica com outra, sente o que a outra está sentindo, é fruto de real interesse pelo outro, mesmo que o outro não desperte simpatia. O amor estabelecesse compromissos. Sua prática implica fidelidade com verdade. Amar significa aderir a algo, mesmo que para isso tenho de abrir mãos de coisas da qual gostamos. Amor significa ir em direção ao objeto amado. O amor liberta o homem de si mesmo, haja visto o perdão incondicional de si e do outro.

O brasileiro quando perguntado se ama uma determinada mulher, responde: “eu gosto dela”. Assim não se compromete e está livre para descartá-la. Quando sinto que meus limites de entendimento e ação se esgotaram e que há algo ainda a ser feito e não sei qual é o caminho, recolho-me no Caminhos dos caminhos. Creio que foi por sua inspiração que um cidadão romano, chamado Paulo de Tarso, tecelão por origem, estudante, depois militar e por último peregrino, em sua primeira carta aos coríntios, disse as seguintes palavras:

O amor tem paciência, o amor é serviçal, não é ciumento, não se pavoneia, não se enche de orgulho, nada faz de inconveniente, não procura o próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor, não se regozija com a injustiça, mas encontra a sua alegria na verdade. Ele tudo desculpa, tudo crê, tudo suporta. O amor nunca desaparece. Quando era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Quando me tornei homem, pus cobro ao que era próprio de criança.

Agora, portanto, permanecem estas três coisas, a fé, a esperança, e o amor, mas o amor é o maior.  (1Cor 13, 4-8ª.11.13) Ao refletir sobre esta palavras sinto que elas exprimem a essência do desenvolvimento da individualidade humana. É o homem que se despoja de todos os valores culturais e pessoais para assumir a essência da vida: fé, esperança, amor. Por muito amar e em nome desse amor, Paulo orientou, admoestou, exigiu e morreu.

Texto: José Tito Gonçalves – Coordenador Regional AE Divinópolis