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Manter sigilo em relação a revelações e conversas confidenciadas a você é a discussão do Amor Exigente

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Foto: Pixabay

Gente é gente. Apenas seres humanos, e, nada mais. A sociedade cobra a todo tempo que sejamos perfeitos, idealizando um modelo de “super-heróis”; principalmente quando se trata do papel de educador. Ninguém se torna perfeito porque se tornou pai, mas é essa Pseudo-perfeição que é exigida da comunidade, da família e do próprio ego. Os pais vivem a todo tempo um personagem irreal diante dos filhos, escondendo sua fraqueza e negando seus sonhos. O grande perigo nessa situação é que há um imenso desgaste em viver uma falsa aparência; da mesma forma, quando o filho percebe que o pai não é tudo aquilo que ele sempre acreditou fica frustrado, e acaba por perder o respeito e a admiração, sente-se traído e enganado. É preciso que haja confiança e cumplicidade, sem perder a hierarquia, porque ser pai é diferente de ser amigo. Todavia é necessário que o filho consiga ver no pai alguém em que ele possa confiar, contar “segredos”, esperar ajuda, etc.; não porque o pai tenha algum superpoder, mas porque antes de ser pai, é filho também. Mitos e fantasias devem ser derrubados. A sociedade criou uma expectativa de que o educador não pode errar, mas é possível aprender também com os erros. Gente é gente em qualquer situação: seja pai, tio, avô, irmão mais velho, professor, e qualquer um que esteja desempenhando o papel de educador.

– EM FAMÍLIA: Confiança sim, mas sem quebrar princípios estruturais da família. Em princípio, uma família bem estruturada não tem segredos entre seus membros. O amor, o respeito e o compromisso com o cuidado mútuo devem preceder e autorizar a confiança entre todos. O sigilo é necessário para solucionar e encaminhar assuntos delicados. A delação quebra a confiança tão necessária. Segredos criam relacionamentos desonestos. Deve-se estimular a auto revelação em troca da compreensão e ajuda mútua dos familiares.

– EM SOCIEDADE: Confiança sim, mas dentro da lei, da moral e da justiça. A confiança, a ética e a prática do bem devem ser a base de todas as relações. Do contrário, não aceitar segredos. Evitar jogos de poder, conspirações, perda da liberdade ou tornar-se cúmplice de quadrilhas, de crimes, de infrações, injustiças e de imoralidades. Comunicação direta: Não falar das pessoas, mas com as pessoas.

– SIGILO NO GRUPO DE APOIO: O GRANDE COMPROMISSO COLETIVO. Ao dar as boas-vindas no Grupo de Apoio de Amor-Exigente (GAAE), nos comprometemos e pedimos que todos também assumam este compromisso conosco, até mesmo como condição para frequentarem as reuniões. Significa que nomes de pessoas, de famílias, histórias pessoais e fatos relatados na reunião, não poderão ser passados adiante. Tampouco fotos e filmagens dos membros em reunião são permitidas. A menos que os participantes voluntariamente concordem em ceder sua imagem.

Os GAAEs não são lugares para curiosos, bisbilhoteiros e faladores da vida alheia. Quebra do sigilo é falta gravíssima. No GAAE todos precisam confiar e sentir-se seguros para, com tranquilidade, exporem os acontecimentos e comportamentos que ele próprio considera inadequados, não saudáveis, perigosos, que trazem problemas para ele e/ou seus entes queridos.

José Tito Gonçalves – Coordenador Regional AE – Divinópolis