fbpx
Pular para o conteúdo

Grupo Amor-Exigente trabalha o tema comportamento no mês de junho

Image

Nunca mais te compro mais nada, grita a mãe logo após mais uma travessura do filho. É óbvio e evidente que ela não cumprirá sua ameaça. Nunca mais é tempo demais e, portanto, impossível de ser cumprido.  Tudo aquilo que uma criança faz de errado precisa ser corrigido, mas qual é o tempo ideal de um castigo aplicado como forma educativa? Inicialmente devemos compreender que não se aplica castigos violentos ou humilhantes a uma criança. A aplicação de uma punição deve possuir um objetivo claro de educar, levá-la a compreender que todo comportamento inadequado gera um prejuízo, como por exemplo, ficar sem assistir tevê por um período, sem internet por um tempo, perder um passeio, ou não andar de bicicleta por uma tarde, etc.

Na aplicação das punições precisamos transmitir com clareza os motivos que nos levaram a tomar essa decisão e qual será o tempo de duração do castigo. Sabemos que as crianças exercem pressão e mesmo pequenas fazem uso de chantagens emocionais para interrompermos o que foi estabelecido.  Para isso precisamos de dois olhares. Um, sobre nós mesmos: até onde temos condições de suportar as pressões e chantagens dos pequenos, sem ceder? Se não conseguirmos manter aquilo que estabelecemos, perdemos crédito.

O outro olhar é para a criança. A noção de tempo que os adultos possuem é diferente da noção de tempo de uma criança. Basta refletirmos um pouco sobre nós mesmos. O que aconteceu em nossas vidas dos oito aos dezoito anos? Quantas coisas. Pensem agora dos quarenta ao cinquenta, parece-nos muito pouco. Quando éramos criança, um ano parecia uma eternidade, e hoje, parece-nos que o ano passa voando. A percepção de tempo da criança é diferente da do adulto, por isso, e para uma melhor funcionalidade da aplicação de uma punição, ela deve possuir duração breve, dentro da capacidade e compreensão dos pequenos.

Precisamos ter clareza de que o objetivo do castigo é o de educar. Mais vale meia hora sem tevê, sentados num cantinho para pensar, cuja aplicação conseguiremos mantê-la, que ameaçar deixá-los tempo a fio sem sua diversão. Também devemos cuidar para que não haja compensações logo após o cumprimento de uma punição. Se ela ficar meia hora sem tevê e logo após ganhar um presente, ou um passeio divertido, ela pode assimilar o castigo como algo compensador. É nossa responsabilidade ensinar para os filhos que todo comportamento inadequado gera um prejuízo. É melhor que aprendam isso dentro de casa, senão terão de aprender lá fora, mas o mundo não ensina com o mesmo amor dos pais.

Texto de Celso Garefa – Amor-Exigente de Sertãozinho SP