A exigência na disciplina faz parte de um processo de mudança pessoal que reverbera na família, na comunidade, na cidade, no país e no mundo. Não objetiva o controle do outro, das pessoas, mas a liberdade para o aprendizado, o desenvolvimento. Contribui para ordenar as ideias, o tempo, o espaço, a vida das pessoas. Tem um caráter positivo de buscarmos a qualidade na convivência, nas relações. Nesse percurso, resgatamos muitos valores, que são suporte para melhor condução da nossa vida e da realidade em que vivemos. E viver em sociedade requer de todos a ética e o respeito entre as pessoas, às regras de convivência, às leis e às normas sociais para que todos usufruam do nosso velho e tão almejado “bem comum”.
Como pessoas significativas – pais, professores, líderes religiosos e políticos, devemos ser exemplo e estímulo para a prática dessa ética. Entender que os discursos de igualda[1]de e justiça devem ressoar em nossas ações, seja em casa, no trabalho ou nos espaços públicos. Quando burlo a norma para levar vantagem sobre alguém ou alguma coisa, estou tirando o que seria de todos, de um sistema maior de interdependência em que sou parte.
Essa consciência pressupõe uma aspiração contínua pela honestidade, pelo serviço e resgate humano. Essa é marca do AE – nossa responsabilidade social diária. Vivenciar essa proposta é caminhar juntos na busca por uma forma diferente de olhar e viver a vida. Um convite à prática do amor aprendido, experimentado e partilhado. Do amor com exigência em nós e no mundo. Nesse sentido, trago um pensamento relevante nesses dias difíceis: “Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar. ” (Nelson Mandela).
Texto: Inez Monfardini de Freitas, Voluntária do AE, Vitória/ES
