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A essência da família repousa na cooperação não só na convivência

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Cooperação é a união de pessoas em volta de um trabalho para o bem de todos. Sem a cooperação temos um amontoado de pessoas que comem e dormem numa mesma casa e nada mais. Um hotel ou uma república. Uma das características de um hotel é a frieza que envolve as relações das pessoas. É comum ouvir crianças dizendo: “A minha empregada”. Esta fala é altamente sintomática. Provavelmente a criança está sendo privada de assumir os cuidados de suas coisas como: arrumar as gavetas de seu armário, a sua cama, limpar e ordenar o seu quarto e assim por diante. Observe: arrumar as suas coisas. O que dizer das tarefas comunitárias? Quando um filho se atém a somente cuidar de suas coisas ainda não é um cooperador, pois está fazendo somente coisas para si e não para o bem do seu núcleo familiar, família ampla ou comunidade.

Dentro de nossas reuniões de Amor-Exigente, ouvimos muitas vezes os pais, quase sempre as mães reclamarem de que chegam do serviço cansados e que todo o serviço doméstico está por fazer. Mas isso é nossa obrigação de distribuir as tarefas domésticas com todos os moradores, e se for o caso ensinar como fazer, sejam eles filhos ou agregados. Quando distribuímos os afazeres e as vezes fazendo junto, vamos mais rápidos e arrumamos tempo para um descanso maior e com isso exercitamos a união familiar. Frequentemente, esquecemos que o trabalho enobrece, cria vínculos, desenvolve e aumenta a autoestima, desenvolve a capacitação, prepara para a vida, ensina valores, dá mais sabor ao lazer…Cooperação é a união de pessoas em torno de um trabalho comum para o bem de todos. Quando fazemos o que um filho pode fazer estamos roubando-lhe a oportunidade de crescer.

Hoje observamos em vários lares que os adolescentes apresentam uma expressão de absoluto fastio, de acomodada insatisfação, por não ter função na ordem familiar estabelecida. São os tiranos que padecem da “síndrome do sofá”. Os filhos só deixarão o comportamento de tiranos quando os pais mudarem o seu de servos, de facilitadores, para o de pais com autoridade que estimulam, cobram e premiam com justiça. Devemos dizer não ao individualismo, atualizando-nos nas informações, para não nos sentirmos traídos pela má-fé; mudar a nossa conduta e a conduta da nossa família, ou seja, a de todos e não somente a do filho-desafio, já que todos pertencem à mesma família. Todos devem ter a mesma responsabilidade através da cooperação. A única maneira de o jovem reencontrar o sentido da vida é ser a melhor pessoa para si mesmo.

Texto: José Tito -Regional Divinópolis