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4º princípio do Amor Exigente: Pais e filhos não são iguais.

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Sabemos que pais e filhos exercem diferentes funções no mundo e sabemos também que os direitos e deveres não são os mesmos para estas pessoas. Sabemos também que teremos muito trabalho para superar as dificuldades e que se não nos prepararmos não vamos conseguir superar estas dificuldades, pois hoje temos contra nós uma mídia invejável para falar que estamos errados. Já há algum tempo tivemos que tirar as fantasias de super-heróis e parar de dar tudo aquilo que nossos filhos queriam, porque sabemos que tudo que vem de graça, tem valor de nada. Prometemos quando íamos nos casar que nossos filhos teriam tudo que não tivemos quando crianças, então nossos filhos teriam tudo o que pudesse o dinheiro comprar. Até a Roupa de super-herói.

Hoje para nossos filhos é mais importante o “ter” do que o “ser”. Com a nossa permissividade e o estímulo das mídias, ensinamos que o “celular” é mais importante que o diálogo, que não faz falta aprender uma profissão, que temos máquina de lavar roupa então não preciso aprender a cuidar da minha camisa, saia ou tênis. Para mostrar que “tenho” uso marca de moda, celular caro, e isso por irresponsabilidade dos pais que acham bonito dar o que os filhos querem ou “exigem”, para se mostrarem e serem aceitos pela turma.

Ora o que vemos hoje é a total escravidão dos pais em relação aos seus filhos. Deixaram de serem formadores, mantenedores, orientadores para serem escravos de seus filhos. Esqueceram de dar ênfase aos aspectos positivos da formação e do crescimento dos seus filhos, passaram a ser “amigos” de seus filhos. Ora, amigos eles têm muitos na escola, na rua, mas pais eles só têm a nós. Quando falamos que temos de reconhecer os nossos limites, e os temos em um bom número, como vimos no princípio passado, vemos que perdemos os freios quando queremos satisfazer todas as suas vontades e não temos condições para isso, é que vemos que nossos pais tinhas razão em nos colocar para fazer alguma tarefa depois da escola, que tínhamos de fazer alguma obrigação em casa.

Quando aceitamos a nossa condição de pais, mostramos aos nossos filhos que não precisamos ser amigos, precisamos ser “pais”. Quando orientamos é para que no futuro não passe por tantos percalços que a vida vai oferecer. E que a minha função como formador e orientador é por já ter passado por muitos apertos e saber o quão difícil e levar a vida com honestidade e honradez. Ensinar e estimular a tomar decisões que podem nortear a sua vida com responsabilidade e fazer com, sejam responsáveis e transparentes, aceitando falhas e limitações, isso nos fará crescer. É o amor que nos faz rejeitar atitudes e escolhas inadequadas e insensatas. Aprendemos que o pior órfão é aquele que é órfão de pais vivos. E sabemos também que o fato de pais e filhos não serem iguais pode ser entendido como soma e partilha, não como confronto.

Texto: José Tito – Regional Divinópolis