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11° Princípio: Exigência na disciplina

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Nossa exigência tem o objetivo de ordenar, organizar, esclarecendo, com verdadeira disciplina, o rumo que queremos dar a nossa vida e à vida de nossa família, começando por pequenas coisas, exteriores, para chegar afinal a grandes mudanças… reais mudanças de atitude. Determinem, portanto, claramente seus limites emocionais, físicos ou econômicos… estabeleçam as regras da casa que toda a família deve seguir, e fiquem firmes.

Seu filho não pediu para nascer…, mas vocês também não pediram que ele fosse como é, vocês foram colocados na vida um do outro e têm – cada qual a seu modo – direitos e deveres. Não têm, no entanto, o direito de se destruir. O filho não pode acabar com os pais, assim como os pais não podem aniquilar os filhos. O filho é dono da própria vida: Foi responsabilidade dos pais enquanto eles puderam ajudá-lo; agora, vai assumir sua escolha e sofrer as consequências, sejam elas quais forem.

O filho deve ser compreendido: É seu direito sair de perto dos pais a quem não ama, não respeita… se quer ter um comportamento inadequado, como impedi-lo? Viver sozinho é um direito dele. Sendo dono de sua vida, pode fazer com ela o que bem quiser, mas deve aceitar que não será financiado… seus pais não o ajudarão a manter uma vida que não aprovam. E têm o direito de ser felizes, independentemente da escolha do filho… Precisam de paz, tranquilidade, harmonia, depois de tantos anos de lutas.

Frequentem um grupo de Amor-Exigente ou outro grupo de apoio. Falem das coisas que os magoam, peçam ajuda. Mas façam planos próprios. Cada um sabe do que precisa ou o que pode aguentar. Não deixem que a timidez, o medo, a vergonha e a culpa os imobilizem. Os pais devem fazer algo por si mesmos, por sua família, pelo filho com problema. E o grupo será a força para mudar os pais e o filho impossível, incontrolável ou com comportamento inadequado.

Se ele for menor de idade, procurem o juiz ou curador de menores, exponham a situação, peçam-lhe ajuda e/ou entreguem seu filho à justiça. É a impotência dos pais diante da agressividade e violência do seu adolescente. É bom saber que existe falsa menoridade: jovens de 13, 14, 16 anos que sabem muito mais de malandragem e maldade que muitos adultos… assim como existe falsa maioridade: adultos de 23, 24, 30 anos que dependem inteiramente dos pais. Por isso, o Amor-Exigente define como idade adulta o momento em que o jovem assume a responsabilidade de se sustentar financeiramente.

Não tenham medo, sejam firmes. São duas, três, quatro pessoas sendo destruídas por uma, inconsequente. Para terem sucesso, é importante que avós, tios, padrinhos e vizinhos entendam sua atitude e não se coloquem uns contra os outros, pondo a perder todo o esforço e desgaste dos pais para a reorganização e reintegração familiar. Acolher o jovem, nesse momento, só vai funcionar se as regras, os deveres e os direitos forem iguais aos estabelecidos pela família.

É importante também ter coragem e confiança. Parece um paradoxo, mas estamos acompanhando a vida de muitos pais que, quando têm coragem de pôr em risco a vida do filho, permitindo seu confronto genuíno com a vida de drogado, aí sim, acabam por recuperá-lo.

Texto: José Tito – Regional de Divinópolis